Conheci os doces da D. Helena há aproximadamente 18 meses, quando comecei a pensar no casamento da Fernanda. Esta primeira tentativa foi adiada pois ela queria planejar e organizar o próprio casamento. Bendito adiamento!!!! Algumas providências daquela época ainda se mantém e uma delas é a confirmação dos doces viajantes da D. Helena. Como da primeira vez, o contato foi telefônico o pagamento bancário e a retirada feita na rodoviária.
Os famosos doces percorrem os 27 quilômetros entre Encantado e Lajeado de ônibus e ficam aguardando no setor de encomendas da rodoviária. Nos fins de semana, várias caixas lacradas desembarcam e ficam empilhadas nas prateleiras empoeiradas aguardando sua retirada para degustação, aprovação, dando água na boca de muita gente, detonando dietas ou fazendo a festa em casas e salões da cidade.
O chocolate branco, amargo e ao leite impregnam a casa. O sabor do coco, das nozes e amêndoas, maracujá e licores exóticos se exibem em bocadas, aos bocados. A plenitude satisfaz os olhos, o paladar, o olfato. A transcendência na doçura conforta e apazigua. O farfalhar dos celofanes chama a audição que convida o tato a abraçar os pequenos embrulhos adocicados. O clímax explode na boca.
Poético demais? Prove e verá poesia. Ouvirá poesia. Sentirá poesia.
Água na boca, Suzete; vai ter prova?