Festa decorada

Toalhas, “sousplats”, talheres, copos, guardanapos, velas, flores, castiçais, cristais, vasos, transparências. Arranjos pequenos médios grandes altos e baixos. Cadeiras escuras claras ou douradas. Mesas longas redondas ou quadradas.  Padronagens texturas cores tipos e preços. Extremos exorbitantes ou a modesta simplicidade. Engana-se quem pensa que “menos é mais” é menos. Definitivamente, casar custa caro. Pagando o preço, qualquer sonho vira realidade e a noiva pode ter seu dia de Cinderela. Basta listar, pesquisar, providenciar, pagar e o sonho se realiza. Um conversível último tipo e um requintado salão de festas decorado com esmero e bom gosto colocam a carruagem da Cinderela e o palácio do Príncipe Encantado no sapato. Fácil, fácil. Materiais vistos, várias sugestões e ideias. Algumas pé no chão, outras siderais. Lá pelas tantas, sentei-me num dos sofás – do espaço “lounge” a ser alugado – folheei revistas e aterrissei:  “De quantos precisa?” Muitos. “Quanto custa?” Um absurdo. “E este?” HaHã. Duas horas voaram e não decidimos nada. Tudo ficou suspenso e são infinitas as possibilidades. Lembrei de fazer um “Making Off” da manhã. Ideias.

Ainda manobrando o carro, no estacionamento da loja, vem a pergunta à queima-roupa: “Por que você não opinou? Devia ter falado mais.” “Eu? Mas eu montei duas mesas completas e já tinha gente demais, falando demais, e opinando demais.”(Mãe está sempre errada ou devendo algo. Ou monopoliza a conversa ou se omite, dá opiniões esdrúxulas ou maravilhosas, não precisava ter ido junto ou onde estava que não estava junto, gafe imperdoável ou comentário inteligente. Mãe é culpada ou responsável por quase tudo. Coisas de Freud!!!!) Fui convidada a falar? Soltei o verbo. Pra que fazer uma guirlanda de 450 reais se uma de 80 é quase a mesma coisa? Mandar fazer duas toalhas de brocado exclusivas ou alugar duas mesas. O que vale mais a pena? Alugar taças de espumante verdes apenas pra realçar a mesa? Depois de várias interrogações, a certeza de que é hora de colocar tudo na ponta do lápis e ver o que é prioridade. Porque além da decoração – da igreja e do salão – tem a comida, bebida, docinhos, bolo, garçons, fotógrafo, DJ, iluminação, convites, roupa, cabeleireiro, documentos e um tanto de outras providências. Tudo passa a ser  prioridade. Sei que dinheiro não é tudo, mas limite tem que existir. Bom senso também. Uma festa de casamento pode custar um carro ou um apartamento!! E não estou exagerando. É neste momento que a criatividade e o bom gosto são fundamentais, porque nem sempre o melhor é o mais caro. O simples é muitas vezes o mais sofisticado e chique. Frase da Glória Kalil? Se não for, é minha. Posso não ter falado e comentado muito, mas estou atenta a tudo. E mesmo estando – quase sempre – errada, tenho lá minhas ideias e opiniões. Que habitualmente são bem-vindas. Senão, porque preciso abrir mão dos meus programas e participar de reuniões, degustações e audições, a qualquer hora do dia ou da noite?

PS: Fernanda não gostou e não concorda com minha crônica, pois deu a impressão de que ela não gosta das minhas sugestões. O que, segundo ela, não é verdade. Minhas ideias e sugestões são sempre bem-vindas. Ainda bem. Errada??????

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