Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer são os quatro livros que compõe a série. Li três vezes a saga completa e estou me preparando para ler mais uma vez.  Ou seja, quatro vezes. Li a primeira vez como leitora. Fui voraz e impaciente. Amei. Li a segunda vez como psicóloga psicanalítica. Fiquei impressionada e embasbacada. A terceira vez li como escritora. Fiquei encantada. A quarta vez espero poder reunir todo meu ser para entender o brilhantismo da escritora.  Além de ser uma campeã de vendas e lotar salas de cinema, faturando milhões de tudo,  Stephenie Meyer produziu um texto envolvente, cheio de clichês, humor, romance, magia e valores. Muitos dizem que não é literatura de primeira.   Apenas uma produção comercial. Que seja. Particularmente, valorizo a leitura que agrada, encanta e apaixona. Tanto pelo enredo como pela simplicidade do vocabulário. Assim é a Saga Crepúsculo. E como Harry Potter, a saga instiga nosso psiquismo. Muitas catexias são atropeladas e pisoteadas pela história de amor intenso e quase impossível de Edward e Bella. Ouvi muitas mulheres – de todas as idades – suspirarem e desejarem um Edward para si. Jovem, maduro, generoso, cavalheiro e apaixonado. E lindo. A versão feminina representada por Bella, remete à mulher que abre mão de tudo pelo grande amor de sua vida. Romance fora de época almejando ser atual. Nossos desejos afetivos inconscientes ganham vazão e forma nesta história vampiresca. Bruno Bethelheim e seu “Psicanálise dos Contos de Fadas”, certamente dissecariam a trama, dando entendimento psicodinâmico para o mundo mágico-vampiro-lobo criado pela escritora. Recomendadíssimos.