Alguns livros tem a difícil missão de servir de hiato. Raramente – entre um livro bom e outro – encontro outro bom. Chamo estes de livros de respiração. De passagem. São livros para marcar o passo e não perder o pique. Sinceramente, acredito que sejam bons. Apenas os li numa ordem que não os privilegiou. Nesta linha, li:
- “A Disciplina do Amor”, de Lygia Fagundes Telles. Textos curtos, fragmentos, contos, frases. Encontrei um posfácio da profe Noemi Jaffe – Alguma coisa não dita. Gostei de ler textos inacabados, podendo ainda ser. O exercício de um escritor.
- “Amigas da Yoga”, de Rain Mitchell. Desconfio de erros de tradução. Mesmo assim, o texto ficou superficial. Adoro yoga e esperava algo mais profundo, mais esotérico. Coisa minha.
- “O quarto de Jacob” (inacabado) e “Entre os Atos” de Virginia Woolf. Acho que ainda não estou pronta para ler Virgínia. Não consegui me envolver com nenhum dos dois livros. Possivelmente não sejam livros de passagem.
- “Incesto”, de Anais Nin. O texto é forte e autobiográfico e retrata um período de vida da escritora. No entanto, o formato em diário, não me agradou. Apesar de intenso, o livro apenas me instigou a comprar outro.