Há muito tempo reclamo da minha dificuldade de almoçar sozinha, que evoluiu para a dificuldade de preparar almoço só pra uma pessoa: euzinha. Que evoluiu ainda mais, podem acreditar – isso é possível – por não suportar limpar a cozinha pra fritar um bife, picar uma cenoura, uma batata, uma beterraba, lavar um prato, lascar unhas, marinar carnes com alhos, shoyos, mostardas e bugalhos, ressecar as mãos, limpar fogão, chaleira respingada, engordurar os cabelos, perder tempo d+ com a trilogia forno/pia/fogão. Coisa de folgada, dondoca, preguiçosa, relaxada….. sem noção, pode ser. Mas é. Sem contar que, não me seduz nadica de nada, comer a quilo, sozinha, em restaurante. Por conta destas complexidades, estou virando uma “xpert” em excentricidades gastronômicas. Meu almoço de hoje foi pipoca de micro ondas light com espumante Brut. FE-NO-ME-NAL. E, como hoje é dia de cinema: então, nada mais de pipocas. Estou virando “xpert” também na matemática das calorias. Antes, ou depois do filme, uma caminhada, sem compras pelo shopping, movida apenas à água, e, um cartão de crédito, estourado. Próxima meta (possivelmente utópica): evoluir na matemática financeira dos meus limites bancários. Justificativa para a bomba orçamentária? Sempre existe, of course (assim que se escreve depois de duas taças de Nero Moscatel? Eu mencionei Brut? Engano: prefiro moscatel com pipocas salgadas): Compras antecipadas de Natal. Acho que no próximo ano vou aderir a Carlos Sussekind e adotar as mesmas medidas que ele sugere em seu conto “O anti-Natal de 1951”. Atualíssimo, aliás. Bon apetit e Salud.