O ano é 2009. O mês: Maio. 27 horas de voo. O que foi que eu fiz – mein got – para minha filha querer ficar tão longe. Até desconfio … rsrsrs. Faltou terapia. RSRSRS.
A opção foi ir por Dubai, via Emirates. E vá, sem medo! Até a classe econômica é executiva, pode acreditar! No retorno ao Brasil, uma escala de quatro dias. Outro scrap. Cada trecho 13/14 horas. O fuso horário é tanto que me atrapalhei com as horas lá e cá. Odeio esta parte de fusos e jet lag. Mas a terra é redonda, e enquanto eu vou por um lado, ela vai por outro. Até nos encontrarmos.
A chegada é em Perth e de lá, by car to Fremantle. Costa oeste da Austrália na casa da filha. A primeira vez – céus, um clichê e não consigo fugir dele – a gente nunca esquece. Capricho total. Herança materna? Quero acreditar que sim.
Mas a viagem segue. Parada em Busselton para o almoço e de lá para a região dos vinhos de Margareth River. Vá! É negócio de Primeiro Mundo. Uma esticadinha numa fazenda de veados, com direito a degustação de salames e linguiça.
Passamos a noite na cabana Semillon da Pousada Island Brook. Três gaúchos e um capixaba jogando baralho e tomando vinho. O genro capixaba teve que ceder às regras. E a primeira: éramos três contra um.
Além dos vinhos, degustação de arte.
Entre matas, cavernas, cangurus e restaurantes, uma esticadinha ao Índico pela Caves Route.
A pequena e simpática Fremantle. Filhos trabalhando, pais passeando. Esta inversão de papeis até que foi muito interessante. Mas quando me senti uma velhota de 70 anos, monitorada e orientada de hora em hora (pra que ligar tanto?) resolvi retomar o controle do dia. Foi lá que fiz a revisão final do “Segredos de Serena”.
Dia de passeio de barco a Rottnest Island, com direito a enjôo no “Underwater”(um barco com fundo de vidro) e vários encontros com os asquerosos “quokkas”. Acho que não preciso explicar os enjoos.
Perth, a metrópole da costa oeste.
No Kings Park, festa para o baobá de 750 anos.
Pic nic nas areias de South Beach em Fremantle, com direito a por do sol e vinho australiano. E muitas revanches na canastra. Placar final? Perdi a conta. Mas, acho que … deu Meninos.
Hora de zarpar e voar com as próprias asas. Destino: Whitsunday. Escala em Brisbane.
Ai ai. Depois da Polinésia Francesa, meu segundo cruzeiro. Este, de catamarã. O Power Play. Um pequeno barco zingrando as águas revoltas da Grande Barreira de Corais. Tudo abaixo de nós. Um grupo de 18 aventureiros, com ordens explícitas de muitos nãos a bordo, ditados pelo israelense Evian. O comandante Cook e a cozinheira Donna, completavam a tripulação jovem. Elias e eu, os veteranos do grupo.
Dia de mergulho de cilindro. Tô fora! Claustrofobia com o respirador na boca, a roupa justa e a visão lacrada pela máscara. Prefiro o snorkel. Muuuuuito mais barato e libertador. Basta erguer a cabeça sobre a água, empurrar o equipamento e situar o horizonte. Whitehaven. O paraíso das areias brancas, mas o tempo foi nublado. Brincadeiras para acalmar os excursionistas cheios de energia e adrenalina. Elias conheceu a Priscila (uma melra gigante) no mergulho em Blue Perol.
13 de maio de 2009. 47 anos e canto “Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida” de pijama. Delícia estar num grupo tão desencanado.
A viagem é de aventura? Jet Ski em Arlie Beach. E a certeza de que, jamais, em hipótese alguma, podemos ter um destes no Brasil. Morte certa. A viagem é de mordomia? Também. Limosine branca, espumante gelado e todo espaço do mundo. Próximo destino? Sydney, apertados no hotel.
Primeiro dia: um city tour e exagero de fotos.
Royal Botanic Gardens and Domain. Conheci os “fly fotz”. Ops, “fly fox”. Morcegões.
Bondi Beach, e o primeiro emprego da Fernanda, nossa guia exclusivíssima, quando chegou em Sydney. Foi na lavanderia Impress, em Bondi, que a Fernanda conheceu o Antônio, nosso genro capixaba australiano.
Muitos passeios por Sydney. A cidade é um grande parque turístico: Watson’s e Rose’ Bay, Hyde Park Paddington, cruzeiro pela baia de Sydney, a fazenda de cangurus, coalas e wombats Featherdale Wildlife Park, as Blue Mountain, o Aquário …
O ponto turístico mais famoso: a Ópera House. Mozart foi o espetáculo sonolento da temporada.
E assim, depois de dias de muito agito, hora de voltar para o Brasil. Austrália, até a próxima, no Natal de 2012.