Pelados na praia

Óbvio que não sou eu e minhas curvas cinquentenárias. Óbvio que a foto é da internet (1000,000 pictures)
Óbvio que não sou eu, nem minhas curvas cinquentenárias. Óbvio que a foto é da internet (1000,000 pictures)

Depois da noite de reveillon, acordamos tarde e tomamos um café sossegado. O dia amanhece fresquinho, mas o sol continua sorridente e imponente. Decidimos ir à praia de Swanbourne, ao norte de Perth/West Austrália. A água, de temperatura agradável e de um azul límpido, pede para ser saboreada. Andando pela orla, a uma certa altura, sem mais nem menos, sem sinalização alguma, nos deparamos com os primeiros peladões da praia e percebemos que estamos numa praia de nudismo. 90% são homens (como aliás acontece na maioria das praias de nudismo que já conheci). Já que estávamos lá, e todo mundo estava do jeito que veio ao mundo, decidimos experimentar. Já fiz topless em Barcelona, na Espanha, onde 50% das banhistas – dos 15 aos 80 anos – faz, e fiquei muito à vontade. Tiramos maiô e sunga, que deixamos na maior segurança atirados na areia e nos jogamos na água. Nada de exibicionismos e desfiles desnecessários. A ordem era tomar banho de mar pelados. Pra quem conhece o mar da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pode imaginar o mar de Swanbourne – com a arrebentação da onda na beirada, quase na praia, um liquidificador de água e areia, seguido por ondas altas e vigorosas. Fiz uma entrada magistral nua em pelo, e tomei caldo tanto na entrada, quanto na saída. Glub, glub, glub… Talvez estivesse nervosa com a situação e me atrapalhei com o tempo das ondas e me precipitei, louca pra me esconder na água claríssima … Acabei me recompondo  e tomei o mais delicioso de todos os banhos de mar desta temporada australiana. Depois de uns trinta minutos cortando e ondeando ondas, atenta aos movimentos sinuosos e insinuantes, saí seguindo o humor do mar, fugindo afoita da chicotada de água e areia com relativo sucesso. Glub, glub, glub … Me vesti e resolvemos voltar para o lado vestido e comportado da praia. No caminho um cachorro brinca ao nosso redor e fico imaginando coisas (meu marido prefere estender um pouco mais sua experiência nu em pelo). Começo a rir e imagino que o canino deve ter frequentado as “Puppy School”, senão haveria confusão em meio a tantos …. falos. Definitivamente concordo com Wolfgang, um amigo alemão, ao dizer que a sensualidade está naquilo que se insinua e pouco se revela, e não na nudez exposta e explícita. Respeito quem gosta e pratica o nudismo, mas prefiro a sensualidade dos maiôs bem cortados, dos biquínis asa delta e saídas de praia transparentes e rendadas. Valeu a experiência.

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