Antes de babar no travesseiro, e se jogar de vez nos braços de Morfeu, encomendamos nosso café da manhã. Como da primeira vez em que fomos ao Kruger, saímos do hotel no clarear do dia, com o café da manhã numa sacola de papel pardo. Dizem que o melhor horário para encontrar os animais em atividade é nas primeiras horas da manhã. Retiramos duas sacolas bem abastecidas (nosso café era um “brunch” bem diversificado, que incluía chocolates, balinhas de goma, amendoins torrados, queijos, maçãs, sanduiches, croissants, geleias, água, suco, etcetcetc, mas nada de café preto. Uma falta imperdoável) e rumamos ao Numbi, onde chegamos às 5:30h da matina e nos habilitamos para nosso safári fotográfico do dia. Nas portarias de cada Gate existe um placar que indica onde os “Big Five” foram vistos yesterday e today. Acreditar ou não nestas informações é por conta e risco de cada um – até porque os animais estão livres naquela imensidão toda. Particularmente falando, o melhor é fazer sinal, parar e pedir para outros “moturistas” se, quando e onde eles viram determinados animais. Pois, naquela manhã, resolvemos seguir o Placar e nos ferramos. Pegamos a estrada de terra S3 – onde no dia anterior foi avistado um leopardo – e seguimos em direção a S1 – rumo à Skukuza. Vimos quase nada. Rodamos por inúmeras estradinhas de terra na direção de lagos e montanhas de pedras. Apenas olhos de hipopótamos à distância. Mesmo as gazelas – que são o feijão com arroz do parque, agradável a todo tipo de predador, inclusive a nós, turistas – estavam mais pra caviar no deserto. Paramos em Skukuza e misturamos sono, calor, decepção e cerveja. Como diz um amigo: “cagada, cagada, cagada”. Quando vimos, perdemos nossa hora no “Santuário dos Elefantes”, em Hazeview, distante uns 40 km. À 50km por hora, por estrada de terra, chegamos atrasadérrimos, esbaforidos e sonados. Fomos informados que o próximo grupo sairia em noventa minutos. Fazer o quê: depois de encaixados no grupo, assaltamos o café, devoramos as últimas guloseimas da sacola parda, bisbilhotamos a lojinha, nos refestelamos nas desconfortáveis cadeiras plásticas brancas da recepção do Santuário, e esperamos nossa vez de curtir e ver os primeiros elefantes do dia, às 15:00h. (Post mais adiante). Depois de duas horas em contato direto com os dois paquidermes – Kaspa e Kitzua – do local, retornamos ao Kruger, via Baphendi Gate. Por conta da hora, voltamos pela mesma S3 da manhã. O cenário pouco mudou: apenas alguns “Pumbas” e saímos pelo Numbi, em direção a Whitriver, cansados e decepcionados. Nada que uma boa noite de sono e um vinho sul-africano não minimizasse. O escolhido da noite foi um cabernet Meerlust. Médio.