Diário estressante de uma extravagante em ritmo alucinante! Uma ideia do que foram os quatro dias de Scrap no Extravagance 2013.

Primeiro dia: A saída de São Paulo atrasou. Sempre tem alguém que não chega … se atrasa … não aparece. Com isso, chegamos atrasados em Campinas. Enquanto todo mundo não chega, nada acontece. Malas na recepção e nos encaminhamos para a Casa de Campo do Hotel Royal Palm Plaza – Resort Campinas. Abre parênteses: do resort só vi meu quarto, o salão do café da manhã e a Casa de Campo, onde acontecia o evento e a recepção. A piscina sorria e as placas de fitness e sauna eram apenas um lembrete do que mais existia por lá. Fecha parêntesis. Cafezinho, suco, expectativa, gente desconhecida. Quem é aluno? De onde é todo mundo? Quem é professor? O som aumenta, as portas se abrem, 84 scrapeiras entram no salão. Acanhadas, encantadas, perdidas, fascinadas. Mesmo que a mesa tenha sido marcada, onde é mesmo que a marquei no mapa do salão? Me localizo e vou até ela. No palco, à minha frente, a equipe de designers dança ao ritmo de músicas dos anos 80. Os aventais pink colorem o palco e em seguida se espalha pelas mesas. As boas-vindas pouco interessam. Noções básicas de Digipix, soam distantes. Primeiro projeto. Os olhos ainda não se acharam. O excesso de materiais polui e ocupa a mesa enorme à minha frente.

Embaixo dela, uma caixa com doze projetos, separados um a um, na ordem em que forem apresentados. Mais uma caixa com embalagens de materiais em uso. O primeiro projeto exige pintura com gliter e tinta preta. Uma porquice. Me atrapalho com a parte úmida. Deixo os materiais secarem e identifico materiais desconhecidos. Volta e meia somos alertados quanto ao tempo. Desisto de usar as flores de papel no projeto. Não gosto. À minha frente, a bagunça é infernal. O tempo acaba. Ensaco o restante do projeto e nem sinal de tocar na folha 2 do projeto 1. Tento organizar o possível a mesa e somos avisados sobre o projeto com Smash – 30 minutos – ok, só colagem de adesivos. Finalizo a primeira página. Coffe break.

Mais 30 minutos de Smash. Das duas folhas, finalizo uma. Segundo projeto do dia. Somem minhas fotos dos projetos da mesa, perco o fio da meada, e termino, de novo, apenas uma das duas páginas. Resultado do dia: 50% concluído. O dia acaba e é hora de customizar uma camiseta branca. Organizo a mesa. Identifico os materiais. A noite é de festa. Rock de banda. Só quero minha cama, Mario Quintana, o silêncio da noite. Amanhã é um novo dia. 4 projetos. 8 páginas. 50% de novo? Que seja. Pelo que eu soube, é assim mesmo. Então nada de stress. O negócio é curtir.

Segundo dia, 23 horas: Ai, minhas costas. Preciso urgentemente de uma academia pra fortalecer os músculos lombares. Foram 12 horas de scrap. Sentada numa cadeira, recortando, colando barras, papeis, adesivos, prendendo bailarinas, botões e grampos, procurando materiais, pintando, stressando folhas, olhando projetos, prestando atenção nas monitoras, na professora – e o gnomo insaciável, comedor de material que some com as peças – as unhas laranja elástico empreticidas pela tinta preta, os materiais que milagrosamente dão o ar da graça, Megui, Ju Mansur, Beto Cesari – o melhor até agora, aplaudido de pé -, Dani Bion, Tânia Martins, projetos cronometrados … atividade frenética.

Uma paradinha para almoço. Outra para coffee break. Enfim, o jantar. Lá fora, ainda rola a música de sucessos nacionais mais recentes. E gente dançando. É, realmente preciso melhorar meu condicionamento físico. São 23h e todo meu desejo são sono e sonhos. Depois de 3 taças de pró-seco e 3 fatias de pizza ( calabresa, tomate seco com rúcula e de palmito), uma tarde regada à jujubas e gomas, 8 páginas de scrap, vários equipamentos desvirginados, praticamente 95% dos projetos concluídos, eu mereço.

Ao chegar no quarto mais uma surpresa. (Vou ficar mal acostumada e tô adorando isso. Mimo é tudo de bom. Devo ter grampos, botões e adesivos pra 10 anos). Amei os mimos ao chegar no quarto. O avental vermelho da Casa da Casa da Arte – Keep Calm and Love Scrapbook -, a bolsa de brim da Singer, os dois projetos de scrap sobre a cama, a caixinha de palha com bombons.

Céus. Por onde começo? De trás pra frente? Foi tanta coisa. Um único dia. Adoro meu estilo e jeito de fazer scrap. Me apaixonei por outros jeitos. Tenho adorado pintar, respingar e borrar papeis. Ganhei um grampeador de “Fastenater”. E que fartura de grampos: pretos, brancos, sun, love, listrados, de bolinhas, verdes, cromados, vermelhos … Acredita que aprendi e ganhei uma ITop – equipamento de forrar botão e fazer pin com papel (imagino que pode fazer com tecido também). 23:32h. Hora de um bom banho, um pijaminha macio. É por onde devo começar. Amanhã vai ser pedreira de novo.

Terceiro dia: Hoje à noite a festa bombou. Músicas da Xuxa, Balão Mágico, Wando, sucessos nacionais e internacionais dos anos 80. A mulherada caprichou no visual. A festa temática é, quase como se fosse, à fantasia. Balada trash 80’s.

Terceiro dia de maratona de scrap. Dia de terminar projetos, embalar materiais e se preparar para o “check out” e a aula da manhã seguinte. Quando terminei de empacotar e embalar meus materiais já era 21:30h. Mais de 12 horas funcionando. O burburinho do dia mais o som da noite, o jantar regado a espumante, algumas fotos da noitada dos outros e me recolhi.

Hoje foi dia de 3 projetos, Gil Jussara, Tânia Terzi, Ane Sereguetti, Nana Nassar, demonstração de equipamentos (tintas Ranger, Canetas Chromatix … ) e 4 páginas de “Smash”. O cansaço físico é indecente. Os materiais começam a ser deixados nos apartamentos. 0:35h. Preciso dormir.
Quarto dia: Acordo cedo. Faço “check out” e sou a primeira a chegar ao café.

A manhã é mais tranquila – depois da noitada de muitos – com demonstração da “Silhouete Cameo” e o último projeto do Extravagance: uma Escultura de Papel.

Vlady é o professor. Depois, compro algum material da “Bicho Grilo”, hora de confraternizar com as colegas, almoçar e retornar à São Paulo.


Chego em SP às 17 Horas. Exausta e feliz. Agora é hora de organizar e curtir os materiais, concluir alguns projetos, montar o álbum e esperar pelo próximo Scrap Extravagance, em 2015. Conheci gente querida de todo Brasil. Gente, assim como eu, apaixonada por Scrap. Aprendi técnicas novas, a manusear materiais e equipamentos. Fiz projetos belíssimos. Valeu. Durante a semana, à medida que for concluindo – dos 12 projetos, apenas 3 estão 100% concluídos – vou postando fotos e mais detalhes dos dias maravilhosos que vivi em Campinas. Mesmo assim, fotinhos de alguns projetos.
Em todos os projetos acima faltam alguns detalhes e acabamentos. Mesmo assim, estão graciosos, não estão?
Boa noite !!!!!!!!!!!
Eu adorei conhecer o seu blog e ler tudo o que vc escreveu sobre o evento .
Texto leve ,sincero ,delicioso !
Fiquei mega feliz em ver o banner do seu blog ,porque será não é?rsrsrsr.
Um grande beijo e uma ótima semana pra ti !
Que bom Tânia! Adorei sua página, as técnicas de pintura e as fotos que selecionei. Ficou a minha cara. Adorei o Extravagance. Estão todos de parabéns. Grande abraço.