Preparando a mala

Uma mala é mais que o suficiente. E não importa o período da viagem. Se for em casal, uma mala pra ele, outra pra vc. Cada um que conviva com a sua bagunça e roupa suja, certo? Não abra mão disso e não vai se arrepender. Se quiser, leve uma mala menor ou bolsa dobrável (dentro da mala maior) caso seu destino inclua algum paraíso consumista e vc queira se esbaldar nas compras. Se preferir, compre lá mesmo, uma mala “Made in China” de bom tamanho, por menos de 50 dólares. (Se tiver sorte, a mala sobrevive à viagem de volta. No sótão de casa, tenho várias que acomodam muito bem a decoração de Natal, sobreviventes de uma, duas, máximo três viagens.) Com o passar das viagens, abandonei as pochetes, que substituí por bolsas – e como não existe bolsa perfeita – hoje vou de mochila. Na mala, até coloco uma bolsa para sair à noite, ou para algum evento social, mas no dia a dia como turista, minha companheira é a mochila. Além de prática, ela não força a tendinite crônica do meu ombro direito, pois consigo dividir o peso entre os braços e a coluna.  E nela cabe tudo: documentos, dinheiro, máquina fotográfica, telefone celular, guia de viagem, mapas, protetor solar, hidratante para as mãos e lábios, bloco de anotações, água, barrinhas de cereal, chicletes, um lenço (que faz às vezes de agasalho, outras de toalha) além das sacolas de souvenirs  e comprinhas do dia a dia. Conforme a viagem e a estação climática, a mochila ainda acomoda muito bem a canga de praia, boné, blusão. Mas não é qualquer mochila que serve. Comprei várias até encontrar a ideal. E continuo procurando. Tenho em casa duas frasqueiras lindas. Infelizmente, aposentadas. Depois que se restringiu o que podia ou não entrar no avião, adotei uma necessárie maior que coloco dentro da mala. Nem sempre levo shampoo e condicionador de cabelos, mas sempre que posso, levo. A água de Paris é diferente da de São Paulo, que é diferente da de Lajeado, que é diferente de Porto Alegre, que é diferente de Perth. E, por melhor que seja seu hotel e os cosméticos oferecidos, seu cabelo pode não gostar. E, como ele é a moldura do seu rosto, não complique com o pobre coitado. A vingança serão fotos inacreditavelmente irreais. Vai por mim. Se quiser, faça a xepa dos produtos do hotel, leve-os pra casa, e prove, na água de sua casa. Duas variáveis pro seu cabelo pode ser demais. Melhor não arriscar. Nesta frasqueira de mala, além do shampoo, condicionador de cabelos, material básico para unhas, levo OB, absorvente higiênico, minha escova de cabelos, maquiagem do dia a dia (pó, lápis preto e branco para olhos, dois batons) e remédios. Não abro mão da minha escova de cabelos e, se estiver no meu período menstrual, prefiro levar absorventes de casa. Imagina ser pega de surpresa no meio do deserto ou da floresta. Já passei por maus bocados, então, se for precisar, leve. Se precisar mais, compre lá. OBs e absorventes são praticamente iguais no mundo todo, o que muda é apenas a embalagem, e uma outra camada, que não justifica o risco. Levo comigo remédios para minhas eventuais complicações: insônia, cólica e enxaqueca. Ultimamente, com a bipolaridade climática e o excesso de ar artificial,  tenho colocado um antigripal também. Já meu marido, leva pomadas, unguentos anti-pimentas e aftas. Cada um deve saber do que pode precisar, e não viaje sem. Providencie. Tenha uma parte na mochila e outra na mala. No país onde estiver, o nome da sua medicação e as regras podem ser outras. A dor e o desconforto, um velho conhecido. Não se provoque e viaje segura.

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