Livro de Dan Brown. Do autor só não li “O Símbolo Perdido”. Todos os outros mega e best-sellers “Código da Vinci”, “Anjos e Demônios”, “Fortaleza Digital” e “Ponto de Impacto” devorei em poucos dias. O escritor segue sempre a mesma receita – infalível, até enjoar – de capítulos curtos, histórias entrecruzadas, muita ação, pesquisa histórica e arte e o sempre esperto e antenado Robert Langdon – uma espécie de Indiana Jones – às voltas com charadas, mulheres, vilões e planos mirabolantes. O Inferno de Dante Alighieri de Dan Brown parece que errou um pouco a mão. O excesso de informações históricas sobrecarregou o texto que perdeu a agilidade e a velocidade – que me pareceram – muito presentes nos outros livros. O tema – o risco da extinção da espécie humana por causa da superpopulação – apesar disso, é bem explorado e merece uma boa reflexão. Já a artimanha de inverter os papeis entre bandidos e mocinhos me pareceu golpe baixo, não convenceu e soou muito professoral na parte final do livro, tornando o texto pouco convincente e me instigando a reler os antigos sucessos do autor e ver se estes são ingredientes novos ou antigos na fórmula universalmente conhecida do renomado escritor. O livro pode muito bem ir para a prateleira dos livros de viagem, tamanha a quantidade de informações turísticas sobre a cidade de Florença – Itália.