Chego aos poucos,
às vezes, resisto.
Mas chego.
Quanto mais me permito,
mais me entrego.
Entre gomos e nacos,
Chego aos pedaços.
Não adianta acelerar
nem passo,
nem abraço.
No tempo devido,
me reinstalo.
A metrópole até cativa.
Me silencia no mais.
Livrarias, cinemas e cafés,
um suborno descarado.
Me vendo fácil e barato.
Os dias se vestem
de eternidade,
as noites também.
Já o interior sulino
chega de mansinho, pisando forte.
Sabe da força do sangue,
das raízes, da terra.
Do ferro que ferre.
Da pegada que marca,
que crava.
Ele me tem por pouco.
Ele se,
me,
basta.