Um espertinho pensou:
faria eu castelos de areia na praia,
– uma dondoca –
queria eu, apenas, construir um lar
– porque não, uma dondoca? –
O castelo de areia dele,
– um espertinho –
na praia, desabou.
Nem água precisou.
A verdade
poderosa, límpida e transparente
afogou na areia
o pensamento do espertinho.
Castelos de areia
são para poucos.
Poucos resistem à verdade,
à transparência,
ao poder.
A pureza os leva:
Castelos e espertinhos.