Adolescência

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O período de transformações físicas que acompanha a adolescência chama-se Puberdade. Ela pode acontecer antes, durante ou depois que as alterações psicológicas se instalem. Ou seja, a puberdade se refere às mudanças físicas e a Adolescência, às mudanças psicológicas.
As mudanças físicas por que passam os púberes são desencadeadas pelos hormônios sexuais. A idade em que se inicia este processo é bem variável, assim como o ritmo em que se desenvolve. Normalmente as meninas amadurecem antes dos meninos, em torno de 2 anos. Esta diferença se compensa até os 16 anos. Assim, nos casos mais precoces, as mudanças podem começar entre 8/9 anos, nas meninas, e 10 anos, nos meninos. A média, no entanto, é outra:

slide04 As mudanças físicas por que passam os púberes, incluem o crescimento acelerado, desenvolvimento das características sexuais secundárias como o aparecimento de pelos, seios, engrossamento da voz, mudança de cheiro, espinhas, etc., culminando com a menstruação, na menina, e a ejaculação, no menino.
Paralelamente às mudanças físicas – que o jovem não tem como deter – ocorrem as mudanças emocionais: humor alterado, instabilidade emocional, choro, irritabilidade, etc.
O jovem adolescente experiencia a perda de várias certezas. Chamamos estas perdas de Lutos, que cada adolescente, no seu tempo e jeito, terá de lidar e elaborar:

slide07 A tarefa básica da adolescência é a busca de uma nova identidade “é o que ser no mundo”. Não é mais a identidade de criança, basicamente dependente dos pais, que servem de modelo desde o nascimento. Esta tarefa precipita grande parte das tensões por que passam pais e filhos, durante a adolescência.
A turma, galera, patota, tribo, assumem papel importante, pois é no grupo que o jovem se encontra, se reconhece entre iguais, encontra novos modelos e referências, para sentir-se aceito e compreendido. Existe uma influência muito grande do ambiente neste processo de identificação: a música, o esporte, a televisão, cinema, etcetcetc. Esta influência é significativa devido à fragilidade egóica, vulnerabilidade emocional e falta de identidade definida.

slide09 Com o corpo quase adulto, idéias próprias (muitas vezes revolucionárias e oposicionistas – a serviço da diferenciação), surgem as preocupações com o futuro, não apenas referentes à imagem, corpo e sexualidade. Em parte pela cobrança social (vestibular – ritual de passagem da adolescência para a idade adulta), o jovem sente-se pressionado a definir sua identidade ocupacional: é a escolha profissional, é “o que fazer no mundo”.

slide11 Segundo alguns estudiosos, a adolescência é uma mera transformação social. Basta pensar que há 100 anos, nossos avós não concebiam nem experienciavam a adolescência nos moldes atuais. Casava-se e tinha-se filhos cedo. Todos sabiam o que fazer quando o corpo estava pronto. Hoje, o processo se estendeu e complicou.
Quando o filho chega à adolescência, muitos pais chegam ã meia-idade (aposentadoria, balanço de vida, divórcio,…) e os pais dos pais (os avós) chegam à terceira idade (envelhecimento, doença e morte). É a verticalidade dos papeis familiares. Pais na meia-idade reavaliam a própria vida e revivem, junto com os filhos, a própria adolescência: os sonhos, expectativas, sucessos, derrotas e fracassos, tem uma segunda chance através dos filhos. Questões sexuais e profissionais adormecidas ou reprimidas podem ser reativadas. Da mesma forma como o jovem vê os pais como serem humanos normais (não mais idealizados) os pais na meia-idade vêem os próprios pais envelhecerem, adoecerem e morrerem.

slide13 Cada família lida com questões como as drogas, sexualidade, limites, responsabilidades, direitos, deveres, sexualidade, DSTs, etcetcetc., conforme sua própria maneira de ser, sua própria identidade familiar. Famílias que sempre tiveram papeis e limites bem definidos, tendem a ter menos problemas. Já nas famílias com dificuldades quanto à definição clara de papeis e limites, podem surgir sérios problemas, como a delinqüência, uso de drogas, promiscuidade sexual, entre outras.
É característico do adolescente querer liberdade e mostrar que é adulto suficiente pra fazer o que quer. Não é por ter tamanho que o adolescente é promovido a adulto. Ele precisa de apoio, orientação e segurança, mesmo quando diz o contrário. É normal ele querer testar suas próprias habilidades.
O equilíbrio entre soltar e segurar os filhos, para que aconteça a diferenciação e o amadurecimento, não é fácil. Porém, necessário. É fundamental ser flexível e companheiro; permitir que o filho faça escolhas, tome decisões, assuma riscos e conseqüências. Para aprender ele precisa experimentar.

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