Abriram-se as comportas da inspiração,
jorrando sonhos e vontades. Idéias boas e não tão boas vem galopantes; verdades e mentiras, fingem-se de caroneiras em rabos de gatos e de cometas; o querer e o não querer, embustes de dogmas sacrossantos; o fazer e o não fazer, ditadores imperialistas.
Preciso de freios e arreios,
de uma bateia de garimpo,
de redes de proteção.
Juízo, talvez. Mas, quer saber? Vou deixar que sonhos se esbaldem e se espalhem; que a inspiração jorre sua luminosidade desmedida, dourada e cega; que os cometas ofusquem e confundam; que os dogmas revirem nesta divina miscelânia de possibilidades.
Pois há de ser proveitosa esta represa em rebordosa.