“Extraordinário”

Fazia tempo que não lia um livro tão rico, divertido e instrutivo. Nada de teoria, apenas a emoção de ser e conviver com o diferente. O texto tem uma linguagem simples, marcada por diálogos perturbadores e verdadeiros, e ao mesmo tempo, gentis e cheios de amor, sem ser chato ou piegas. O texto é ótimo. Pra quem trabalha com crianças rejeitadas e com problemas de adaptação escolar e/ou social, o livro é um achado, conforme as orelhas do texto (abaixo) muito bem exprimem:

“R. J. Palácio criou uma história edificante, repleta de amor e esperança, em que um grupo de pessoas luta para espalhar compaixão, aceitação e gentileza. Narrada da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade – um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo.”

“August (Auggie) Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja seqüela é uma deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca freqüentou uma escola de verdade … até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de New York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.”

 O livro Extraordinário – da Editora Intrínseca – veio até mim de forma igualmente extraordinária: ele faz parte do programa Bibliotáxi de São Paulo e me foi passado por um taxista. Comecei a lê-lo pensando apenas em devolvê-lo o quanto antes pra fazer a fila andar. Mas, assim que li as primeiras páginas não consegui largar o texto que conta de maneira chocante e verdadeira como é ser diferente numa sociedade que valoriza a beleza e a perfeição. De forma simples, direta, muitas vezes perturbadora, o livro conta a história de um menino com deformação facial que ingressa na vida escolar e tem de lidar com seu grupo de colegas, o bulling, a rejeição e a crueldade humana. O bacana no livro é que várias pessoas falam do seu ponto de vista a experiência que é conviver com August: como é ser mãe, irmã ou colega de uma pessoinha que perturba a dita normalidade numa escola convencional. Pra quem trabalha na área da educação, uma leitura imperdível e recomendável. Pra quem convive com o diferente uma leitura inspiradora e edificante. E, pra quem é o diferente, uma leitura divertida e motivacional, onde a vitimização encontra um contraponto estimulante.  

livro Extraordinário

 

 

 

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