Que vontade insana de mergulhar, me embrulhar como meia, me enroscar e me engolir inteira. Ser parida ao contrário, ser feto, embrião, não existir.
Ser projeto, sonho, desejo puro.
Qual o momento exato da dúvida? Do instante sináptico, do circuito fechado, do insight vertiginoso e psicodélico de olhar pra trás e sentir calafrios? Poderia ser diferente? Ao contrário? Avesso e estrangeiro? Cadê o ponto exato, preciso e cirúrgico do arrependimento, da raiva, do sentir-se ninguém? Nasceria de novo ou preferiria ser plateia no altar dos Deuses e assistir do alto a miséria das escolhas humanas?
Tartarugas marinhas me encantam.
Nasceria de novo se soubesse mergulhar encouraçada.