Acabo de ganhar do computador no jogo da Paciência, depois de quatro tentativas. Todos os dias, antes de escrever ou trabalhar em frente à telinha, exercito neurônios e artelhos. O jogo serve como um aquecimento para as atividades virtuais do dia: pesquisas na internet, mídias digitais, posts, etcetcetc. O ritual é simples: abro a mesa e dou a primeira rodada de cartas e só prossigo as atividades do dia quando ganhar do computador. Às vezes, ganho rápido. Às vezes, não tem jeito, o computador ganha todas. Vou fazer outra coisa: caminhar, bordar, passear, cozinhar, etcetcetc. É como estacionar o carro entre dois carros – a famosa baliza – se não entrar na segunda tentativa, engato a marcha e sigo até encontrar uma vaga mais espaçosa. Tem dias que nossos sistemas neurais não ajudam e é mais sensato fazer algo que independa destas habilidades. Senão, é fiasco na certa. No jogo de paciência, sei que pra ganhar, tenho de tentar jogadas diferentes o tempo todo.
Ou seja, se quiser resultados diferentes, faça diferente. Eu faço. Agora, mãos, artelhos e neurônios à obra!