Já amei demais. Odiei outro tanto.
O amor é leve.
O ódio pesa.
Boiar é preciso.
A vida – generosa – ensina.
Asnos e asnas – asas – não aprendem.
Voam e se extraviam.
Amores tem persona própria.
Amor de macho e fêmea. Uno.
Amor pa-maternal. Ático do universo.
O amor fraterno
– frágil, brando, permissivo, liberal –
Sucumbe e dilacera.
Sabe que se recupera.
Tem o tempo de todas as vidas.
Saudades dos amigos de infância.
Amores são veludos incrustrados de pedras preciosas,
doídos por alfinetes esquecidos nos alinhavos.