Tem dia que a vontade é não sair da cama, de casa, do ensimesmamento.
Tem dia deprê, de desânimo, de arrependimentos, de questionamentos, de dúvidas e perguntas.
O que fazer:
Prosseguir? Recuar? Ficar exatamente onde está?
Tem dia que mudar e ousar soa como castigo e masoquismo.
Melhor ficar na rotina da mesmice e do conhecido.
Melhor seria nem existir e sumir na própria insignificância.
O mundo e a vida e tudo mais
seguiriam em frente, sem nem notar.
(Melhor caminhar na praia e me perder nos grãos de areia. Quem sabe encontre vestígios de quem sou, um dia fui ou pretendo ser.)
Tem coisa que ocupa espaço demais quando a gente se sente pequena, apertada, oprimida. Quando a gente não sabe nem o que ser nem o que fazer.
Fazer o quê? Por enquanto, nada…
deixar o tempo garimpar respostas esparramadas e perdidas
nos dias e na vida.
Preciso confiar no tempo.
Ele, certamente … saberá o que fazer. Ele sempre sabe, e
sempre decide.