Quando estou na solidão ou no silêncio,
quando estou cercada de gente amiga e querida,
quando pinto, bordo, crocheto, cozinho, escrevo, vou ao cinema.
Quando nada está acontecendo.
Quando me entrego inteira ao amor e minhas paixões.
Quando curto os filhos, o marido, a família, os amigos,
a natureza, o trabalho …
conecto-me comigo mesma quase sempre,
às vezes nunca.
Inadvertidamente, essencialmente
quando posso ser eu do jeito que sou, com liberdade, leveza e aceitação,
Com a tranqüilidade de ser e a alegria de viver e transitar por momentos e mundos aleatórios: o dentro e o fora, o externo e o interno. Os opostos.
Quando não, perco-me de mim mesma
– e me desconecto –
Quando tenho de ser diferente do que sou e deixar de ser eu.
Perco então quem sou, viro qualquer uma.
Qualquer uma, sou quase ninguém.
Me desconecto.