Queria tanto que a noite fosse universo. Interminável. Infinitamente longa.
Minha alma afogada, emergiria assim,
– tímida e combalida –
neste breu miserável.
Nua , crua, em sangue vivo.
Minha alma está negra.
Escura como a noite.
Escura como a morte.
Posso ser ardente como lava
Gelada como iceberg.
Por ora, mera tinta diluída,
Sangue viscoso, fluido e escorregadio.
Vagando entre dores e dissabores
Buscando, mas não sabendo nem como,
Nem onde quer chegar.
Sei apenas que chegarei.
Despedaçada, mas inteira.