Silêncio

Amo o silêncio

O quieto, o reservado, o parado. A vida no vácuo, no compasso, na espera.

É onde me encontro.

Encontro também o que conta. O que importa.

A mais profunda e verdadeira interioridade.

Mas tem silêncio sinistro.

Que acorda no meio da noite.

Que amedronta no meio do dia.

Que cala o vento e o mar, a folha que cai e o pio do sabiá.

Que enregela o fluir da vida.

Um silêncio de morte, de vida que esvai.

De esperança que emudece, some, desaparece.

Odeio este silêncio.

Ele oprime, deprime.

Mata.

 

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