Estava eu, caminhando na areia macia da praia de Jurerê, molhando os pés na água ainda gelada do início da primavera, pensando em porquê tenho escrito tão pouco no meu blog. Criei várias categorias, justamente pra diversificar os assuntos, e poder escrever desde textos técnicos até poesia. E cheguei à algumas conclusões. A primeira – e a que conta para o momento – é que tenho esperado por grandes inspirações para escrever ou grandes fatos/coisas acontecerem. O dia a dia já nos fornece material bárbaro.
Como hoje: percebi que conchas me fascinam e quase me hipnotizam. São elas que dão o compasso da minha caminhada. Quando o mar está generoso, acabo enchendo as mãos com as maiores. Hoje foi dia delas. Foram poucas, mas suficientes. Tem dia que não encontro nenhuma. Nem grandes, nem pequenas. Por isso, assim que avistei as primeiras, fui à colheita. Por enquanto, elas dormem no comedouro dos pássaros. Podem preencher vasos ou velas.