Lembranças

Cada um tem um jeito diferente de viajar e lembrar da viagem que fez. Tem aqueles que lembram da viagem pelas paisagens, pela companhia, pela comida, bebida, por situações vivenciadas, por compras realizadas. Além das fotos, fatos, filmagens e alguns jantares, o que mais aguça minha memória são os cacarecos que trago dos lugares por onde passei. Passado algum tempo, o souvenir funciona quase como um portal do tempo e espaço. A imagem, o cheiro, o gosto, o toque, me transporta para o momento ou lugar de onde veio o objeto comprado. Chamo meus souvenirs de cacarecos de viagem. Prefiro objetos de madeira (mais leves) do que de pedra. Prefiro objetos de tamanho compatível com o espaço onde pretendo colocá-lo. Raramente compro algo que não sei onde colocar. Quando compro é porque foi amor à primeira vista. Então, qualquer lugar serve. Evito escritos do lugar. Tipo: lembrança de Paris, ou simplesmente, a palavra Paris escrita na peça. O objeto, por si só, deve me remeter ao lugar de onde vem. E compro de tudo: colher de pau, tela de pintura à oleo, panela, pano, livro, adorno, prato, abajour, toalha, roupa, brinco, caneca, lenço, enfim … Se for bonito, de preço razoável, não for muito grande, nem muito pesado com certeza encontro espaço e trago comigo. Já trouxe um jogo de Fondue da Suíça (panela, richeau, garfos e pratos) no colo. Já comprei mala pra caber tudo que gostei e comprei (na viagem à Africa do Sul, com o R$ valendo 8 vezes mais que o rand (a moeda sul-africana) não tive nem dúvida, nem dó. Além do que, o artesanato sul-africano é lindo e sempre ultramoderno. O mesmo vale para Bali e Tailândia. Como diz uma amiga: haja disposição pra gastar. Mas, tenho de admitir que minha disposição já não é mais a mesma. Cada vez trago menos coisas. Com o tempo a casa ficou atulhada. Por isso é fundamental trazer peças de bom gosto e totalmente curingas. Fazer um remanejo pela casa, de vez em quando, ou tirar de circulação, pode ser uma ótima opção. Houve épocas em que trazia folders, postais, ingressos pra fazer scrap. Houve épocas em que trazia lembrança para amigos. Hoje, muito pouco. Até trago folders e um ou outro postal. Atualmente tenho preferido os patch que mando colocar numa jaqueta ou mochila de viagem. Para os amigos trago apenas quando acho algo de muito especial. O mesmo vale para a casa.

Ao longo dos anos amealhei uma verdadeira Torre de Babel de tranqueiras e cacarecos. Cada um conta uma história. Cada um fala de pessoas, lugares e momentos que vivi e adoro relembrar.

buda-bangcok-tailandia

Lugar de honra para o Buda trazido de Bangcoc – Tailândia. 

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Uma manadinha de elefantes de pedra, trazida do Kruger Park, África do Sul. Ficam uma graça em qualquer lugar.

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Arte peruana. Moderno e étnico. Combina com qualquer casa e qualquer canto.

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Meu primeiro Buda foi comprado na grande muralha da China, assim como o vaso closonê chinês. Já os candelabros árabes, foram trazidos de Dubai.

rota-66

Adoro pratos e cerâmicas. Os pratos servem como porta trecos, apoio de copos e transformam qualquer cafezinho informal numa viagem internacional. Basta usá-los como pires de xícaras de café ou chá. Este veio da Rota 66.

quadro-de-tecido-africano

Tecido africano/tribal transformado nesta bela tela que fica bem em qualquer lugar. Esta já decorou hall de entrada, serviu como tela de fundo de cabeceira de cama, decorou corredores, enfim … basta ter uma parede. A carranca, trazida do Rio São Francisco, dá as boas vindas e afasta possíveis mau-olhados.

imas

De tempos em tempos retomo minha coleção de ímãs. Se tivesse guardado tudo o que já trouxe das nossas viagens, hoje a geladeira estaria recoberta de cima a baixo.

globo-ny

Sem comentários. Um souvenir brega. Mesmo assim, adoro estes globos de água.

globo-chines

O globo chinês. A companhia perfeita para os livros de viagem.

cuco

Esta foi a grande aquisição trazida na nossa primeira grande viagem à Europa. Hoje o relógio está desativado – por causa do barulho – mesmo tendo um dispositivo pra calar o cuco – que de meia em meia hora sai de casa e canta. O nosso cuco é antigo e ainda funciona à corda, diferente dos atuais, que já funcionam com bateria. 

cestaria-africana

Cestaria africana. Uma eterna paixão. 

anfora-grega

Uma ânfora grega. Minha peça predileta.

apache-americanoUm apache americano. Reconheço que é brega, mas lembra minha infância e o Forte Apache do meu irmão. Volta e meia eu surrupiava alguns apaches pra brincar com minhas bonecas. (USA)

caixa-peruana

O porta porpouri foi trazido de Cancun, de Krabi veio o sapinho coaxante preto, a caixa peruana dourada serve de caixa de tesouro de bugigangas e papeizinhos e o cristal sueco branco, é um legítimo castiçal Costa Boda.

buda-vermelho

O último Buda comprado. Este veio de Bali.

Tem mais coisas? Tem. Tem muito mais. Cada coisa no seu canto. Ou na sua caixa.

 

 

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