Que tal “pollockar” em 2017? Você pode não acreditar, mas a técnica de Pollock, além de fácil, é extremamente terapêutica, exclusiva e colorida. Adoro os paineis que pollockei nestes últimos 3 anos. Eles dão vida aos ambientes. E, pelo que parece, todo mundo gosta.
Mas antes de arregaçar as mangas que tal conhecer um pouco de Pollock?
Além do link acima (em vermelho) um pouco mais do pintor americano que abalou o mundo das artes. Pollock nasceu em 1912. Foi influenciado pela pintura em areia dos índios americanos e pelos pintores mexicanos de afrescos. Em 1936 pintou telas violentamente expressionistas. Inventou processos originais aplicando imensas telas contra a parede ou no chão. Em vez de usar pincel e paleta, praticava o dripping passeando sobre a tela com latas furadas, de onde escorria tinta. Criador da Action Painting, Jackson Pollock encarnava a fúria de uma raça embriagada por grandes espaços e afetou não só artistas jovens, mas toda uma geração de pintores contemporâneos, inclusive mais velhos. Pollock travou uma grande batalha contra o alcoolismo e a depressão. Alguns viam nele apenas um criador de peças caóticas e isentas de sentido – a Revista Time chegou a apelidá-lo de Jack, o Gotejador. Outros, aclamaram-no como o mais promissor e impressionante pintor da América. Morreu em 1956, aos 44 anos, num acidente de carro.
Voltando à ideia de “pollockar”.
Costumo forrar o piso da garagem com lona plástica preta e arregaço as mangas durante vários dias. Compro várias telas – em formato de painel, que dispensa moldura – e vários frascos e tons de tinta. Sabe como é: quando a inspiração chegar, melhor estar preparada. Porque se tiver de me arrumar, pegar e rodar de carro, comprar tintas, telas … by by inspiração.
Tudo devidamente forrado … hora de soltar o corpo e a imaginação. Hora de se libertar e se entregar por inteiro.
Depois de vários dias e várias camadas de pintura – essencial esperar que cada camada seque antes de aplicar nova camada de tinta – é hora de dar acabamento com pincel nas bordas do painel.
Depois de tudo seco e finalizado é hora de assinar e continuar usufruindo a energia da própria arte.
Que tal? Vamos “pollockar” em 2017?