Quando se vive em casa de praia, a gente se diverte muito
– muito menos do que o mundo imagina -.
A gente vai pouco à praia, porque tá logo ali.
Então amanhã, depois, sempre, vai ter dia para ir, e quase nunca vai.
A gente recebe visita, amigo, parente. Come, bebe, dorme. Compra demais. Lê de menos. Descansa de menos. Menos do que gostaria.
Tudo pode ser e normalmente é, demais. Ou, de menos.
A gente – quase sempre – nem percebe o quanto que fez.
Ou faz. Ou, está fazendo.
Talvez no inverno sobre tempo pra viver de verdade a temporada na casa da praia.