Faz tempo que não escrevo sobre os livros que ando lendo, nem sobre as ideias de outros autores. Também fazia tempo que não comprava nem lia livro de autoajuda. Um dos gêneros que mais me cansa. Considero-os repetitivos e apelativos. Numa das minhas últimas idas à livraria me deparei com o livro “Mais Sêneca, menos Prozac – para quem não quer mais sofrer” de Clay Newman. Folhando-o me deparei com várias ideias interessantes e não resisti. Aliás, tenho lido filósofos antigos e contemporâneos e me encantado. Li o livro de Clay Newman – especialista em psicologia transpessoal – com apetite e sede desmedida. Vou ter de relê-lo para digerir cada um dos 21 princípios ativos citados pelo autor, que se inspira nos valores promovidos pelo estoicismo, cujo representante máximo foi Sêneca – filósofo, escritor, político e orador romano, que viveu no ano 4 a.C. Muitos historiadores concordam que Sêneca foi um dos primeiros gurus especializados em desenvolvimento pessoal. Seus ensinamentos centravam-se em dotar as pessoas de recursos e ferramentas para que pudessem enfrentar seus próprios conflitos e problemas. É dele frases como “Por acaso somos perfeitos? Porque, então, exigimos perfeição nos outros?”, “Não podemos controlar o mar, mas podemos comandar nosso barco”, “Não há nada eterno e poucas coisas duradouras. Tudo que teve um início há de ter fim” …
Abaixo, um trecho do capítulo que aborda um dos sete princípios ativos que permitem ao indivíduo ir além de si mesmo, melhorando sua relação com a realidade.
“Você é muito mais predestinado do que pode imaginar. No universo nada acontece por acaso. O lugar onde você nasceu: a etnia a qual pertence; a genética que o condiciona; o signo do zodíaco que determina seu padrão energético; o modelo mental que determina sua personalidade; os pais que lhe couberam; a cultura e a religião que lhe inculcaram; o tipo de crenças que adquiriu. Absolutamente tudo que o constitui como ser humano foi traçado de forma perfeita para que, por meio de um processo de aprendizagem, você cumpra seu propósito nesta vida: ser feliz, estar em paz com os outros e amar a vida como ela é. Segundo a lei da correspondência, você gera as circunstâncias de que necessita para confrontar sua ignorância. Assim, tende a atrair aquilo que não compreende nem aceita. Só acontece com você aquilo que tem que acontecer. E o mesmo ocorre com o resto do mundo.”(p. 146. Mais Sêneca, menos Prozac – para quem não quer mais sofrer”de Clay Newman)