Além dos lugares, aproveitei também 2017 pra viajar através de livros que há séculos me encaravam da estante, pedindo releitura. Quando decidi voltar a clinicar, me parecia correto reler textos e resgatar expressões da área psi, há muito empacotadas e adormecidas. Livros que foram fundamentais em outros tempos e momentos pediam outro olhar. Até porque, novas expressões e novos saberes habitaram meu dia a dia neste último setênio. O ano me trouxe Jung, sua história e inúmeros livros da Psicologia Analítica, Símbolos e Arte. Imagino que algumas teorias e percepções tenham mudado com a tecnologia que transformou o mundo e as pessoas que nele vivem. Quanto ao que li e reli, perdi o fio da meada. Dos que lembro – e ainda hoje são marcantes – estão “Complexo de Cinderela”, de Colette Dowling; “Homens que odeiam suas mulheres & As mulheres que os amam”, de Susan Forward, e “Perdas Necessárias”, de Judith Viorst. Três livros de autoajuda que sempre recomendo. “Neve”, de Orhan Pamuk, tem sido meu livro de cabeceira. Mas, o que deu o tom de 2017 foram as atividades em Arteterapia. Artigo científico, estágio, supervisão, leitura e muita pesquisa. Após 3 anos e meio, enfim, mais uma formação concluída. E a certeza do poder das ferramentas arteterapêuticas e da profundidade das bases teóricas. Através da Arteterapia me inseri no universo da cerâmica. Uma, ainda, ambivalência. Gosto. Apenas isso: gosto. Pra levar adiante, preciso de paixão desenfreada (assim como foi com as velas, a pintura espontânea, a literatura, o blog). O ano foi de conflito. Aprendizados. Escolhas e decisões. Como todos os anos são, o que beira a castigo e benção. Escrevi pouco. Me exercitei pouco. A eterna meta de emagrecer, permanece eterna.
Não sei se repito 2013, e deixo acontecer. Ou se faço lista de metas. Sinceramente, uma esdrúxula questão em aberto. Certeza única e irrevogável é ler e escrever mais. Publicar meu livro de poesias. Promover a vernissagem das telas de pintura espontânea. Voltar a clinicar mais. Muito mais. Fazer pilates. Ir ao cinema uma vez por semana. Passar uma semana por mês com minha mãe, no RS. E assim, já elenquei 8 itens pra 2018. Emagrecer e me exercitar mais. 10 itens. Renovar meu closet. 11 itens. Prefiro números ímpares.
Que seja.
Com lista ou sem lista, sinto que o ano novo, será cheio de colheitas.
Plantei, reguei e adubei durante muitos anos.
A hora da colheita se aproxima.
Os balaios estão a postos.
Muito legal! Sorte!