Ela sempre gostou de flores.
Na morte,
o jardim a acompanhou.
No catre da grande passagem
guirlandas de flores fizeram-se de cabeceira.
Uma despedida coroada de
crisântemos, cravos, rosas, flores do campo,
antúrios, margaridas, astromélias, lírios …
Embalada na suavidade do tule.
Embalsamada em crisântemos brancos e lilases.
A expressão serena e altiva
adornaram seu berço de morte.
A dor, enfim, banida.
A agonia, enxotada.
Na necrópole, para onde a conduzimos a seis braços,
“sete palmos de fundura”,
ramalhetes foram despedaçados,
jogados e sepultados.
O sol como testemunha
As lágrimas do derradeiro e último instante.
Amiga,
segura na mão de Deus,
e vai.