Já falei sobre a conversa das casas e
Das coisas que vem e vão.
Das coisas escondidas e camufladas.
Lembram do quanto e quando
foram desejadas. Suspiradas. Amadas.
Hoje, contentam-se com a surpresa do olhar fortuito,
a lembrança do relance .
Muitas se aconchegam em fundos de baús e armários,
em fundos de bolsos, bolsas e gavetas,
acompanhadas de míseros centavos, clips enferrujados, botões caídos, chaves perdidas;
Transitam entre móveis e roupas
amareladas pelo tempo, encolhidas pela vida;
Misturam-se com bibelôs lascados e louças rachadas, fotos, músicas e livros.
O museu da vida da gente.
Também eu, não sou mais quem eu era.