“Dançando na luz” abriu a maratona Shirley MacLaine. Depois li “Minhas Vidas” e agora “O caminho – Uma jornada do Espírito”. O interesse pela autora é antigo e se conecta com o interesse dela por vidas passadas, esoterismo e misticismo. Nada a ver com religiosidade. “O caminho” – título do livro – é o caminho de Santiago de Compostela, que fiz (uma parte) em 2010. Ele anda acenando e me convidando a voltar. A caminhada completa, 30 a 40 dias de peregrinação, foi pensada junto a Santo Tiago na Catedral de Compostela. Pelo que lembro, nem ele nem eu, cumprimos o combinado.
Enquanto leio e relembro a caminhada, reflexões como esta, me instigam a repensar o combinado, e, quem sabe, me levem a refazer a caminhada.
“Toda a vida é uma lição de autoconhecimento. Quanto mais entendermos sobre nós mesmos, mais seremos capazes de lidar com qualquer coisa.
Os líderes do mundo atual são exemplo disso. Cada um deles sofre da falta de autoconhecimento, por isso tantos agem de maneiras destrutivas. Eles são, na verdade, autodestrutivos. Destroem não apenas a si mesmos, mas as pessoas que lideram – Clinton, Milosevic, Osama bin Laden, os mulás do Irã, os governantes da China, e assim por diante. Os líderes que eu conhecera que haviam estado na prisão em confinamento solitário – Gandhi, Nelson Mandela – tinham resolvido muito dos seus conflitos interiores por terem sido forçados ao isolamento. E todos afirmaram que aquele foi o período mais importante de suas vidas. Hoje, poucos dedicam tempo à busca interior, e disso vem o estado do mundo, que beira o desastre. Com certeza, as pessoas comuns em qualquer sociedade não tem tempo para a busca interior porque estão presas à competição pela sobrevivência, devido ao materialismo furioso. As pessoas no mundo parecem presas a uma esteira de sobrevivência, ignorando as alegrias da evolução que só poderiam conhecer se gastassem algum tempo para descobrir quem são.”
(O caminho – Uma jornada do espírito, Shirley MacLaine, p. 114/115)