Chove lá fora

Chove lá fora.

Também eu ando chovendo aos cântaros.

É tanta água à minha volta, que pressinto

o dilúvio se avizinhando.

Sinto na pele. No osso. Na raiz dos cabelos.

O branco. O nada. O vazio absoluto.

O silêncio vago que vaga …

entre pingos e respingos.

Escorro nebulosa,

entre raios e trovões.

Lavo o corpo, os cabelos tingidos de vermelho.

A alma sangra. Sabe que precisa sarar.

Mas o tempo … conspira.

Precisa de mais tempo.

 

Oh céus!

E essa chuva que não para.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s