O tempo da cerâmica

Quando comecei a fazer o curso de cerâmica em agosto de 2017, pensei que fosse fácil e rápido concluir as peças e levá-las para casa. Imaginava meus trabalhos espalhados pela casa, embalados em presentes de Natal. Passados doze meses (corridos, e não exatamente trabalhos) ainda não trouxe nada pronto para casa. Com exceção de fotos.

Um ano.

Impaciente e acelerada do jeito que sou em algumas questões, tive de aprender a domar minhas urgências e aguardar o tempo que a cerâmica precisa para ser trabalhada e finalizada. Em torno de 1 a 2 meses para criar e dar acabamento (conforme o tamanho da peça), deixar secar para biscoitar (é a primeira queima), pintar/esmaltar e queimar uma segunda vez. O somatório dá muito tempo. Haja tolerância à frustração e perseverança. Estou contando os dias que faltam pra trazer a primeira remessa de trabalhos prontos.

Além do tempo do próprio ateliê – que deixa acumular uma quantidade razoável de peças para serem queimadas juntas – tem o meu tempo, ainda limitado às 3 horas semanais de aula, para fazer. É neste tempo que aprendo a teoria desta arte milenar, o uso de diferentes tipos de ferramentas, as diversas técnicas, e também, é onde faço e desfaço peças. Tem peça que quebra. Tem peça que fica feia e desmancho. Tem peça que dá muito trabalho.

É neste tempo que posso e pretendo interferir, organizando meu próprio atelier, comprando ferramentas e me exercitando em casa. O que já estou providenciando. Enquanto isso não acontece, o jeito é aguardar. E, ter paciência.

Ontem contei as peças que trabalhei neste ano e que estão na esteira de acabamento. Foram 20 Kg de argila trabalhada e 34 peças produzidas. Segundo as entendidas, um bom trabalho.

 

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