Antes que atirem as primeiras pedras e me rotulem do que quer que seja, quero que todos tenham claro o básico: sou apenas uma mulher brasileira como tantas outras, cansada da violência, da impunidade, da corrupção, do mau uso do dinheiro público, da politização da miséria, da falta de limite indiscriminado em todos os setores da sociedade. Sou mãe, esposa, filha, amiga, colega, psicóloga, artista, escritora e uma leitora voraz. Austin Leon, autor do interessantíssimo e criativo livro “Roube como um artista – 10 dicas sobre criatividade – afirma que “Assim como você tem uma genealogia familiar, possui também uma genealogia de ideias. Você não pode escolher sua família, mas pode selecionar seus professores e amigos e a música que escuta e os livros que lê e os filmes aos quais quer assistir. Você é de fato um mashup do que escolhe deixar entrar na sua vida. Você é a soma das suas influências.”(pg. 19)
Ou seja, somos todos influenciados:
- pelos livros/revistas/jornais/mídias digitais que lemos;
- pela música que escolhemos ouvir;
- pelos noticiários que assistimos. Só por curiosidade, alguma vez vc já se perguntou quem seleciona as notícias que vc ouve e vê diariamente no rádio e na TV e porque foram justamente estas as notícias escolhidas, quando há tanta outra coisa tão ou mais importante acontecendo à nossa volta, no nosso país e no mundo?; Já se perguntou qual o interesse por trás da perspectiva, do contexto isolado do todo ou o viés abordado pela emissora?
- pelas ideologias e pessoas que decidimos seguir. O que vc realmente sabe sobre as ideologias e as pessoas que segue? Vc pesquisa, estuda, questiona, ou apenas segue a manada? Questiona verdades e mentiras ou prefere mergulhar no lodo do oásis paradisíaco?
Vc sabia que de tanto repetir a mesma mentira, ela acaba se tornando uma verdade? Por isso, cuidado. Preste atenção. O que ou quem realmente propulsiona suas ideias, seu coração e suas entranhas? Qual o mundo que seus olhos realmente veem ou que o fazem ver?
Somos todos seres únicos e ao mesmo tempo, um complexo e intrincado conjunto de muitos. Muitos palpites e opiniões. Muitos diz que diz. Muitas modinhas e teorias mirabolantes. Muitas crenças, princípios e valores. Muitos amigos, muitos influenciadores de opinião. Somos todos seres bombardeados por todo tipo de interesses. O tempo todo.
Há que se usar um filtro. Uma peneira para separar o joio do trigo.
Do povo brasileiro sorridente e hospitaleiro nos tornamos o povo da desesperança; o povo da fome e da miséria de tudo que nos faz humanos: educação, segurança, saúde, casa, comida … Somos subjugados – feito baratas tontas – pela ganância cruel e implacável dos políticos que elegemos para representar nossos interesses. Interesses? O que vejo são conchavos e mutretas. E uma engrenagem gigantesca cujo único objetivo é criar uma “casta” de políticos, funcionários do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, cheia de privilégios, dignos dos Deuses do Olimpo. Sei que existem sim, políticos corretos e honestos, querendo o que todo o povo brasileiro quer: um Brasil melhor para TODOS os brasileiros. Pena pela representatividade tão pouco expressiva.
Poderia falar de Lava Jato (com detalhes da cova da Jararaca). Poderia falar dos impostos exorbitantes usados para manter a fome descabida da máquina pública – um Tiranossauro Rex Tupiniquim -. Poderia falar do desemprego, da violência, da falta de hospitais, escolas, creches, estradas, portos, aeroportos, ferrovias, incentivo às Ciências e Cultura, melhores salários aos policiais, bombeiros, professores, médicos, servidores públicos competentes e dedicados … Poderia … escreverei mais adiante.
Infelizmente, grande parte do povo brasileiro está desempregado ou subempregado, a corrupção e a violência rolam soltas de norte a sul, leste a oeste do país, esfolando do mais alto ao mais baixo escalão do boteco da esquina ao Palácio do Planalto, no Distrito Federal. Nosso povo está infectado, nossas empresas infestadas. A corrupção virou um câncer na alma do brasileiro, devastando a esperança e a alegria de ser. Metástases de violência, desrespeito e intolerância estão nos segregando e nos colocando em lados opostos de trincheiras e posições. O certo e o errado passaram a ser relativos e confusos. O ser humano passou a ser coisa. Os interesses passaram a governar nossos afetos e comportamentos.
E tudo o que queremos não é um Brasil melhor para todos os brasileiros?
Porque eu vou votar em Jair Bolsonaro? Porque ele é o homem certo para este momento do Brasil.
Ele é o melhor candidato? Não. Mas nenhum dos outros candidatos vai ter a coragem necessária para fazer o que precisa ser feito pra colocar o Brasil nos trilhos. É urgente que se extingam ministérios ineficientes e dispensáveis. É urgente que se reduzam privilégios, salários e mordomias de ministros, deputados estaduais e federais, assessores e gastos supérfluos. É urgente que se revise a quantidade necessária de vereadores para cada município. É urgente que se cortem cabides de emprego, bolsas e cotas pra quem não precisa. É urgente que se coloquem as contas públicas em dia.
Vc realmente acredita que candidatos de carteirinha que fecharam acordo com os mais diversos partidos – pra ter mais tempo de propaganda de televisão – terão coragem de cortar na própria carne? Sem contar que os ministros escolhidos serão os velhos politiqueiros – dos ditos partidos políticos -, que nadam nas águas da impunidade e do foro privilegiado há tantos anos, que suas falcatruas/ roubos/ corrupção acabam expirando no tempo e memória de todo mundo.
E o STF? Alguém ainda respira aliviado quando algum tema sério é levado para votação? Sem contar, o absurdo de tempo e dinheiro gasto, em votações, cujos votos o Brasil inteiro sabe de antemão como serão.
Acredito que o que está faltando no Brasil é RESPEITO:
- À CONSTITUIÇÃO
- À todas as leis existentes: dentro de casa, nas escolas, no trânsito, em todas as instituições públicas e privadas;
- Que os limites sejam claros e cobrados; que pais possam agir como pais, professores como professores, policiais como policiais …
- Direitos Humanos? É pra todo cidadão brasileiro. Certo?
- Direitos e Deveres para todos. Certo? É assim que funciona na maioria dos países. A impressão que tenho, é que no Brasil, todos conhecem muito bem seus direitos. Já os deveres …
- População armada? Concordo plenamente. Já tive minha casa assaltada, meu cachorro envenenado e morto covardemente, armários quebrados, familiares amarrados e presos no quato. Sei da sensação de desamparo, falta de proteção e de impunidade. Hoje mantenho um espeto ao lado da porta para a eventualidade de precisar me defender, porque o bandido que for chegar, vai chegar chegando, armado e disposto a tudo. Enquanto a população de bem se desfez das armas, a bandidagem arrematou o que conseguiu surrupiar dentro do Brasil e ainda trafica arsenal de guerra do Paraguai e outros pontos pouco fiscalizados das nossas fronteiras. Acredito que todo bandido teria um pouco mais de receio para invadir uma casa, sabendo que pode existir alguma forma de proteção, que não apenas espetos e vassouras.
- Respeito à todo e qualquer ser humano: negro, índio, gay, transexual, homens, mulheres, crianças, pobres, gordos, feios, doentes … Somos todos seres humanos, dignos de consideração e respeito.
Não tenho partido político. Tenho amor pelo meu país. Tenho amor a meu povo.
Raramente escrevo sobre política, se bem que todos praticamos política dentro de nossas casas, com nossos familiares, vizinhos e toda coletividade. E todos sabemos o que acontece quando fazemos conchavos e fofocas. Quando cometemos injustiças. E é isso que vejo acontecendo no Brasil. A grande família brasileira perdeu o rumo.
Quando Bolsonaro fala, sinto a tensão e o medo da mudança no ar. Ele não fala manso. Não é demagogo. Diz o que pensa. E fala o que muitos brasileiros querem ouvir pra voltar a acreditar que o Brasil tem jeito. Eu acredito que o Brasil tem jeito. E é por isso que decidi compartilhar minhas ideias sobre este momento político brasileiro. Porque acredito que se é para mudar, tem de fazer diferente. E a mudança, por mais assustadora que possa parecer, precisa acontecer. Por que escolheríamos “mais do mesmo” pra continuar dilapidando a pátria e a alma do brasileiro?
Aliás, não fomos todos às ruas gritando por um país diferente?
Só vejo uma alternativa para mudar: Minha aposta é Bolsonaro.