O ano foi cheio de ideias e projetos cerâmicos. Na prática, ainda me ressinto dos resultados. O tempo e o ritmo do ateliê é um. O meu, definitivamente, outro. Por mais milenar que seja a arte, por mais tempo e memória que a argila tenha, pra continuar aprendendo e fazendo cerâmica, preciso encontrar o equilíbrio entre o meu jeito de funcionar – que é absolutamente dinâmico e contemporâneo – e o tempo da cerâmica. Preciso ver o resultado do que faço e 8 a 12 meses entre o início e o fim, é tempo demais. Desestimulante demais. Comecei a trabalhar esta luminária em 21/03/18, finalizei a peça em julho, mas ainda não está concluída (falta a queima de 900graus, responsabilidade do ateliê). A referência do Pinterest era esta. Houve um momento em que quis desmanchá-la, mas aí veio a ideia de acrescentar uma base e transformar a luminária externa num abajur interno.
O processo:
A finalização, após meses vendo as peças – na prateleira – aguardando a queima. A opção de deixar o abajur com aparência de pedra, invés de esmaltar, me pareceu perfeita. O problema é que até hoje, 20/12/18, a queima não aconteceu. Por isso, pra 2019, a meta é comprar um forno usado. Frustradíssima!!!!!
Assim respeito meu ritmo e assumo minha independência quanto ao processo cerâmico; participar de mais cursos; conhecer novas técnicas; aprofundar conhecimentos e conhecer outros mestres e professores. A psicóloga que em mim habita gosta das profundezas e de resultados. Gosta de independência para explorar possibilidades. Então 2019, vai ter muito barro pra amassar.
Como presente de Natal, algumas peças finalizadas.
E 2019 já está encaminhado. Além das peças que aguardam queima há meses, muitas outras começaram a ser amassadas.