A água estava boa?
Estava muito suja. Digo eu.
Choveu demais, comenta o menino das cadeiras e guarda-sois.
O mar de Jurerê, cor de esmeralda tom de pedra aventurina.
Um xixi de mar calmo e límpido, num vai e vem de ondas comportadas. Sempre.
Elas podem até se erguer pra ver a restinga. Uma espiada marota.
Mas, nada de aflições:
um óculos perdido, alguns goles d’água, olhos avermelhados, cabelos ressecados. Mareados.
Marolinhas na imensidão do mar.
No calor da temporada, chuvaradas barulhentas assustam.
Porém, sujam de verde de mato o mar de esmeraldas.
Nestes dias quentes e sujos
mais peixes vem ver a estranheza do lugar.
Quando a gente vê, vê peixe caçando peixinho, peixe saltando,
xispando em disparada e surfando ondas junto da gente, assim:
a uma ondinha de distância.
O risco de atropelamento é grande. Sequer pedem desculpas.
Cutucos gratuitos. Meio alarmantes.
Se fosse em Boa Viagem, no Recife, haveria gritaria: tubarão na água.
Por aqui, a gente sabe: é cocoroca na água.
Saltitando feliz brincando de verão.
A gente brinca junto.
Amei Suzi