O dia foi de sol e mar. Plácidos e serenos.
Maré baixa.
Nela, redescobri a cidade das conchas.
Uma cidade posta na orla exposta feito xadrez no tabuleiro.
Atlântida à beira mar a um braço do olhar,
fora do alcance da ligeireza do mar.
A cidade embaralhada. Meu olhar ali se perdeu:
Entre o ir e o vir das ondinhas;
Entre o ir e o vir das conchas.
Grandes e pequenas,
argonautas, conchas-lua/pera/aurora. Um banco de ostras.
Provisórias e passageiras, despedaçam-se. Acabrunham-se. Esparramam-se.
Se perdem e se reencontram na imensidão das águas.
Estou aqui por elas. Sedutoras,
me convidam a caminhar; me convencem a ficar.
Levo-as para casa, essas casas abandonadas.
Compomos um lar à beira mar.