Desisti do livro Palmeiras Selvagens de Willian Faulkner. Indicação de Tiago Novaes do curso A preparação do Romance. O livro, o autor ou ambos receberam o Prêmio Nobel em 1950. E não me perguntem porque. Li até a página 191 das 276 existentes. Perdi o fio da meada tantas e tantas vezes, que a desistência e a certeza de nunca mais tomá-lo em mãos ou em pensamento, não justificam o prêmio nem meu tempo perdido. Algo em torno de um mês, entre idas e vindas. O que me consola foi que comprei o livro – de menor valor – num sebo. Como bem disse a colega Mônica, da Casa do Saber/SP, existem livros bons demais para perdermos tempo com livros ruins. Ontem, pela manhã, esgotei todas as chances do Palmeiras Selvagens. Fechei-o para sempre. Acho.
Enquanto isso, na mesa da sala, uma caixa recém entregue pelo correio com a primeira remessa de livros comprados online do ano, me encarava de frente e desavergonhadamente. Rasguei o lacre e desfilei o banquete literário das férias: “A Uruguaia” de Pedro Mairal, “A garota do lago” de Charlie Donlea, “Respiração Artificial” de Ricardo Piglia, “Drácula” de Bram Stoker.
“Vidas provisórias”, romance de Edney Silvestre e “a bruxa não vai para a fogueira neste livro” poesia de amanda lovelace, foram devorados numa fruição literária invejável. O dia rendeu. A leitura deslanchou. Dois livros num dia merece um Prêmio Nobel de leitura.
À minha frente “O talentoso Ripley” de Patricia Highsmith e “Grande sertão: Veredas” de João Guimarães Rosa disputam meu desejo.
Com qual devo me deliciar?