Sobre cansaço já falei muito. Escrevi outro tanto.
Sobre exaustão também.
Verdade verdadeira é que sou exagerada,
cheia de ideias, vontades e desejos.
Verdade é esta incapacidade de lidar com limites.
Os próprios. O dos outros. E limite importa:
Senão a gente se entorta e se esgota.
O corpo reclama. Dói. A alma encolhe. Dorme.
O sono avança. Consome.
Ando às voltas, pra variar, com zanga de verão.
E eu na contagem dos dias.
Ao menos, menos um. Quantos dias faltam?
O outono se aproxima. Vixe Maria. Uma benção.
Depois vem o inverno. E então, a primavera. Puro deleite.
E do nada, lá vem o verão sorridente de novo.
Todo ano é a mesma coisa. O mesmo desconforto. Físico. Mental. Emocional. Social. Astrológico. Biológico. Transcendental. Imagético. Estrutural. Gutural. Cibernético. Natural e cíclico.
E eu, eterna desadaptada estacional. Vou sobrevivendo.