Como todos os anos, fiz lentilha para o réveillon de 2019 pra 2020, que nesta virada, comemoramos com amigos na Praia dos Ingleses, em SC. Levei lentilha cozinha e bem temperada. Comeu-se pouco, e por isso, a levei de volta para casa. No dia primeiro de janeiro de 2020, queria servir a lentilha com o churrasco, a maionese e outros restos da ceia da noite anterior. A dita cuja, a lentilha, dormiu dentro da panela de pressão, dentro da geladeira. Ao provar o tempero, depois de acrescentar mais água na receita da leguminosa que inchou durante a noite, percebi um estranho sabor. Experimentei mais uma vez, com mais vontade desta vez, e, eca, estava toda estragada. Azeda e imprópria para o consumo. Daí me lembrei que não pulei as sete ondinhas. Não me vesti de branco. Não segui nenhum ritual de passagem de ano. O que não é incomum, mas a lentilha azedar? Foi a primeira vez desde que me conheço como gente.
2020 está a pleno vapor: crise/férias conjugais e a pandemia da COVID 19 marcaram os 6 primeiros meses. Coisa boas tem acontecido em paralelo: a exposição DI no CIC, em janeiro; a terapia desde março, a organização da casa de Lajeado e de Colinas, onde mora minha mãe (limpeza geral (lavagem de lustres, tapetes, cortinas, roupas, flores de seda, bibelôs; tratamento de cupim, restauração e pintura de móveis, sucateamento, doação), faxinão, repaginação e a reorganização geral das duas casas. Agora é a vez dos jardins, já que a pandemia continua assustando. A crise conjugal está sob controle, acho. O inverno se instalou e com ele veio o ciclone que abalou SC. Continuo me organizando reorganizando as casas e fazendo arte. Lendo e escrevendo pouco. O blog voltou à categoria Privado. Hoje foi dia de consertar um enorme vazamento de água na água quente da lavanderia. Lembro sempre que tudo pode piorar. Acendo o terceiro incenso de 50 cm. O ano pede.