As cores

Amo. E desde sempre. 

Aprendi a gostar do preto. A cor do luto. Do velho. Da tristeza.

Tornou-se chique. Básico. Sem erro. Assim como os tons em cinza. 

Tolero cada vez mais os beges. Teoricamente, combinam com tudo. 

Assim como o branco.

Com o passar dos anos o preto se instalou e dominou meu armário. 

Outros tons neutros começaram a chegar também. 

As cores vibrantes viraram acessórios:

Bolsas, sapatos, lenços, colares, anéis, mantas, cachecóis …

Esta invasão de básicos dominou quase todos os espaços.

Logo eu que sempre fui dos vermelhos, pinks e verdes bandeiras.

Logo eu que via no bege, a falta de opinião.

No preto, a preguiça da escolha.

No cinza, o preto desbotado.

Lá de vez em quando, solto matizes.

Volto aos vermelhos. Ao impacto da cor.

Os extremos e os vermelhos cansam.

Busco o meio termo. Encontro e descanso.

Lá de vez em quando, solto os matizes.

Monstros e fantasmas se encontram.

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