Nos últimos anos, depois de deixar a vida profissional, sei lá, em 2º ou 3º ou 4º plano, passei a usar agendas com base em scrapbooking. Em 2020, como aconteceu nos anos anteriores, comprei a base da agenda em loja de scrap e usei-a o ano inteiro, sem preparar capas e sobrecapas em scrap, que ficaram “in natura”: todas brancas. Engana-se quem pensa que o ano passou em branco, como as capas da agenda. 2020 rendeu de montão. Dentro da agenda, quase todos os espaços foram usados para anotar listas de providências, textos, poesias, projetos de paisagismo, de cerâmica, datas de consultas, telefones, informações … anotações das mais diversas resumem bem o agito que foi 2020.
2021 iniciou e fiquei sem as agendas tradicionais. No loja de Jurerê onde compro este tipo de material só restaram os Planners. Adorei a ideia. Sequer sabia que existia este formato para scrap. Gosto deste tipo de agenda que mostra a semana inteira em duas páginas. Desgosto pela falta de espaço para qualquer outro tipo de anotação.
Como cada vez mais preciso de óculos para ler qualquer alfarrábio, ando escrevendo com canetas hidrocor, em tamanho XXXG, bem ao alcance dos olhos. Óbvio, inviável ao espaço do planner, que não acomoda anotações deste calibre.
Para contornar este quiprocó, a ideia é usar um caderno de anotações auxiliar e ver o que acontece. Nada mais que uma recomendação do meu professor de Escrita Criativa, Tiago Novaes: ter sempre à mão um caderno de anotações pq ideias boas surgem em qualquer hora e lugar. E, assim como minha visão não se equipara mais a de uma águia, minha memória também não se equipara mais à qualquer formato de agenda.
E, como todos sabem, ideias boas, assim como vem, vão.
E 2021 promete tanto, ou mais agito, que 2020.
Bora preparar o Planner.