Faz tempo que ando às voltas com aquilo que talvez possa chamar do ateliê perfeito. Algo que não existe. Durante o ano este foi o desafio mais almejado. O projeto mais ambicioso. E tudo passava por uma reorganização de espaços. Coisa que felizmente não me falta. Originalmente, meu ateliê funcionaria na cobertura de casa. Claro e quente demais. Fazer velas era uma visita ao inferno. Scrap, só à noite. Leitura e sonecas eram sinônimos. Aquele lugar maravilhoso não combinava com aquilo que eu necessitava para me inspirar e produzir.
Mas havia um espaço promissor, porém, atulhado de tudo: sucata, material artístico, decoração de Natal, réveillon e Páscoa, material de acampamento, móveis antigos e tudo que se possa imaginar ser possível guardar porque um dia poderia precisar. No subsolo da casa, um lugar fresco e escuro. Perfeito para minhas necessidades. Ou como diria meu marido: perfeito para uma vampira. Que seja. O calor me derruba e a claridade dispara minhas enxaquecas.
Pra começar, retirei todo material distribuído pelas prateleiras improvisadas. Desmanchei as prateleiras. Esvaziei o depósito ao máximo, deixando apenas um armário pesadão e uma mesa com tampo de granito pesadézima.
O primeiro passo foi comprar prateleiras novas. Na internet comprei três delas. Um mês de espera e tempo suficiente para selecionar e descartar materiais, repaginar móveis e pintar, eu mesma, as paredes.
O velho armário da vó Angelina foi renovado.
Prateleiras e móveis trabalhados e pintados.
A velha máquina de costura transformada.
Tudo pronto com prateleiras montadas e espaço pronto pra produzir.








A primeira remessa de arte já aconteceu: Conchas
A segunda está sendo gestada.



Definitivamente, amei meu novo espaço. Cheio de ideias e projetos.