Aula de férias

Aluna aplicada é assim: na falta das aulas, nada como uma boa pesquisa na internet. As aulas de férias vão ter Youtube e caderninho de anotações. Na volta às aulas, a ideia é sabatinar a professora. E me candidatar ao torno elétrico.

Uma ideia mais estonteante que a outra. É nessas horas que morar em São Paulo faz toda diferença,

Pior que nem copiar e repetir direito a gente consegue. Impossível mesmo!!!

Então, segundo a ceramista leva 3 anos pra fazer um potinho médio perfeito. Aff, gostei dos meus potinhos. Um ano e já saiu potinho nota 8.

Esses eu vou mostrar pra minha professora. Plágio em cerâmica não é crime. Jamais vou conseguir repetir a façanha da ceramista mor.

Adorei o processo neste atelier. Imagina coletar a própria argila no quintal de casa. Até ando pensando em fazer isso para peças artísticas, Sei que na casa da minha mãe em Colinas, no RS, existe bastante “let” que é como a gente chama a argila em alemão. Vou experimentar e ver no que vai dar. Quanto ao forno, Jesus!!!! Não tenho coragem pra lidar com fogo e ácidos assim tão de perto.

E o que dizer destas peças?

Nem em um milhão de anos …

 

 

Efeito mate

Das 3 peças feitas com a técnica Aero Brush, apenas uma foi 100% finalizada. O resultado não ficou exatamente o que eu imaginava. A esmaltação não ficou brilhosa. O efeito foi do tipo “mate” (palavras da professora). Pintura falha e opaca.

Como tudo que se aprende, aprende-se muito com os erros. Da próxima vez que usar esta técnica, é necessário mais braço, mais camadas de pulverização e mais fogo. Esta peça foi queimada a 1200 graus centígrados. Possivelmente com 1300 graus, o resultado seja diferente. Anotação feita.

Meu filho gostou. Ainda bem, porque a luminária foi presente dele neste Natal.

Inzibida colorida …

Inzibida colorida come casca de ferida.

assim mesmo: inzibida. Nada de exibida.

inzibida com o jogo de café feito com as próprias mãos,

a partir de um punhado de barro

– sovado, socado, esculpido, queimado –

que virou pedra cerâmica.

pintado de azul da cor do mar, cor de areia por todo lado.

na concha, um amuleto.

Um seja bem vindo. A praia e a casa de braços abertos.

Era assim que era quando eu era criança. Bastava estar satisfeita e orgulhosa com alguma coisa que o versinho era recitado: inibida colorida come casca de ferida. Feliz e satisfeita com meu novo aparelho de café!

Vai um cafezinho aí?

Reciclando barro e vida

O ano está terminando e com ele meus materiais para fazer cerâmica. Ou seja, os minerais usados para a esmaltação das peças e a argila. Como o período de férias do curso vai até março – e não pretendo fazer cerâmica em casa, durante este período – optei por reciclar a argila usada (excessos remanescentes, aparas de trabalhos e trabalhos rejeitados). 100% do que sobra pode ser reciclado e reaproveitado.

Modo de fazer: Coloca-se a argila a ser reciclada num saco plástico mais grosso ou pote plástico (de sorvete, por exemplo) e acrescenta-se água. Difícil precisar a quantidade necessária para que a argila se recomponha garantindo plasticidade e fácil manuseio. A tarefa exige força, paciência e obstinação. Ou tem água demais ou de menos. O jeito é ir amassando, sovando, embarrando as mãos, deixando secar ao sol, suavizar ao vento, tentar de novo e de novo.  E de novo. Tem de bater, rolar, amassar, amassar, amassar. Até que não hajam mais grânulos cerâmicos endurecidos. Tem quem recicle semanalmente pequenas quantidades. Tem quem junte uma maior quantidade e recicla por mês, semestre ou ano. Esta é a segunda vez que reciclo meus refugos. Apesar de útil, o processo é chato, trabalhoso, e, conforme a quantidade, pesado. Não é incomum ficar com dedos e artelhos doloridos. Mas reciclar argila é necessário. Tanto por causa do preço (a argila atóxica de boa qualidade é cara), pela questão ecológica de aproveitar ao máximo o que se extrai da natureza, como também pela disponibilidade do produto, que não existe em Florianópolis e vem de Curitiba ou SP).

Reciclar tem sido um modo de vida. O scrapbooking, o mosaico, o patchworking, a pintura, o cozinhar no dia a dia e a própria vida me ensinaram que reciclar é ressignificar. A apara de barro, o folder de um evento ou mapa de uma cidade, a roupa velha, a bijuteria que arrebentou, o móvel velho, o adorno quebrado, botões perdidos, chaves, espelhos, potes de vidro e de plástico, cestas de vime, garrafas … absolutamente tudo pode ter nova serventia. A apara de barro vira um novo pote cerâmico; o folder de um evento ou mapa contextualizam de forma pessoal o álbum de scrap da viagem dos sonhos; a roupa velha (conforme o estado) pode ser doada para quem precisa ou ser usada como pano de limpeza ou de chão; o móvel velho pode ser pintado e restaurado e ter outra serventia; o adorno quebrado pode ser usado numa peça de mosaico, a garrafa pode virar candelabro ou aromatizador de ambiente, o espelho quebrado pode ganhar nova forma e função, etcetcetc.

A vida nos ensina o mesmo.

Do limão uma limonada.

Da casca do limão uma água frutada.

Ressignificar os eventos diários e cotidianos

  • bons e ruins, justos e injustos, certos e errados, tristes e felizes –

é se permitir viver em plenitude.

Também a vida tem seu tempo, momentos e dosagens.

A vida é luta diária.

Desistência ou persistência.

Lágrimas e gargalhadas.

Otimismo e pessimismo.

O céu e o inferno.

Recicle-se.

Reinvente-se.

Ressignifique-se.

Transforme-se na sua melhor obra de arte.

O artista é você.

A matéria prima:

Sua vida.

2018 em cerâmica

O ano foi cheio de ideias e projetos cerâmicos. Na prática, ainda me ressinto dos resultados. O tempo e o ritmo do ateliê é um. O meu, definitivamente, outro. Por mais milenar que seja a arte, por mais tempo e memória que a argila tenha, pra continuar aprendendo e fazendo cerâmica, preciso encontrar o equilíbrio entre o meu jeito de funcionar – que é absolutamente dinâmico e contemporâneo – e o tempo da cerâmica. Preciso ver o resultado do que faço e 8 a 12 meses entre o início e o fim, é tempo demais. Desestimulante demais. Comecei a trabalhar esta luminária em 21/03/18, finalizei a peça em julho, mas ainda não está concluída (falta a queima de 900graus, responsabilidade do ateliê).  A referência do Pinterest era esta. Houve um momento em que quis desmanchá-la, mas aí veio a ideia de acrescentar uma base e transformar a luminária externa num abajur interno.

luminaria 10

O processo:

A finalização, após meses vendo as peças – na prateleira – aguardando a queima. A opção de deixar o abajur com aparência de pedra, invés de esmaltar, me pareceu perfeita. O problema é que até hoje, 20/12/18, a queima não aconteceu. Por isso, pra 2019, a meta é comprar um forno usado. Frustradíssima!!!!!

Assim respeito meu ritmo e assumo minha independência quanto ao processo cerâmico; participar de mais cursos; conhecer novas técnicas; aprofundar conhecimentos e conhecer outros mestres e professores. A psicóloga que em mim habita gosta das profundezas e de resultados. Gosta de independência para explorar possibilidades. Então 2019, vai ter muito barro pra amassar.

Como presente de Natal, algumas peças finalizadas.

E 2019 já está encaminhado. Além das peças que aguardam queima há meses, muitas outras começaram a ser amassadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Placas = peixes, conchas, folhas e muito mais

O ano está terminando e com ele os materiais. Entenda-se: a argila (base para qualquer cerâmica) + os minerais usados na esmaltação das peças. Felizmente, todo e qualquer restolho de argila já trabalhado pode ser 100% reaproveitado. Por isso, catei trabalhos rejeitados e ainda não biscoitados e aparas de trabalhos finalizados. A junção de todo este material rendeu uma boa quantidade de argila pronta para o reuso.

 

A opção foi praticar mais a técnica da Placa Cerâmica.

Placa 3

À princípio parece a técnica mais fácil de todas, mas não é. Os trabalhos com placa trabalham durante as queimas, o que pode rachá-los, entortá-los ou até quebrá-los, no pior dos cenários.

Placa 26

Não tive bons resultados com as placas anteriores, possivelmente por deixá-las com espessuras finas demais. A espessura correta é essencial para que o resultado final seja satisfatório. Nesta segunda remessa de trabalhos com placa, optei por deixá-la mais encorpada.

 

Uma das grandes dificuldades da técnica é a eliminação completa das bolhas que surgem enquanto amassamos a argila. Estas devem ser eliminadas com agulha e alisadas com espátula plástica. Cada bolha que persiste é um risco para quebrar a cerâmica durante a queima.

Placa 22

O uso de algum tecido é fundamental durante o processo. O tecido garante que ao manusear a peça, ela não fique grudada (colada) na superfície de trabalho e deforme quando retirada.

O bom desta técnica é a quantidade de peças que podem ser produzidas em pouco tempo: em duas tardes de aula, produzi 11 peças. Acho que apenas a técnica do torno consegue ser mais eficiente. Mas a técnica do torno é projeto para 2019.

 

Com as primeiras placas fiz 3 suportes que poderão ser usados para servir “sushi” ou qualquer outro petisco seco, para acomodar velas + tantas outras possibilidades ainda não vislumbradas.

Placa 23

A placa também foi usada para fazer conchas cerâmicas. Usei um molde plástico, presente de um amigo. O molde plástico não é o mais adequado, devido à dificuldade de desformar a concha; a chance de deformá-la é grande; tenho controlado um tempo de 45 minutos a 1 hora, tempo em que a argila seca o suficiente para que a concha seja retirada do molde com menos riscos de sair deformada. Mesmo assim, já perdi várias conchas.

Placa 6

À princípio elas serão as casquinhas para servir siri. Conforme o resultado, poderão ser usadas como porta trecos/aperitivos. Porque conchas são sempre bem vindas e muito charmosas em qualquer canto.

Placa 20

Também fiz folhas com placas. Usei como molde uma folha de antúrio do próprio jardim do ateliê. Assim como as conchas, além de porta trecos, as folhas podem ser usadas como pequenas bandejas ou mesmo pratos.

 

Ou seja, existe uma infinidade de peças que podem ser feitas com placas. Uma mais linda que a outra. E eu, estou só começando …

 

Todos estes últimos trabalhos, devidamente acabados até 20/12/18, ficarão parados no ateliê durante o período de férias e só serão trabalhados novamente a partir de 03/2019. É quando vão para a esteira da esmaltação. Que venha 2019.

 

Aero Brush

Na última aula de esmaltação cerâmica aprendi a usar uma nova técnica. Lembrou da época em que usávamos o “Flit de Neocid” para espantar e matar moscas, mosquitos e demais insetos asquerosos e pestilentos. O conceito é o mesmo: coloca–se a composição mineral no reservatório plástico e aciona–se a bomba com movimentos rápidos e rítmicos. É importante mirar e acertar o objeto onde a mistura deve ser pulverizada uniformemente.

aero 2

Na cerâmica, o uso do Aero Brush permite que a esmaltação não apresente as possíveis marcas que os pinceis podem deixar.

aero 3

Depois de pulverizado, usa-se o dedo indicador num movimento leve e circular para terminar de preencher e conferir se a espessura de 2 mm de minério foi alcançada de forma parelha em toda a peça a ser esmaltada.

aero 4

Das três peças pulverizadas pelo Aero Brush, uma vai ser finalizada com “terra sigillata” ou argila líquida aplicada com pincel. Foi usado fita crepe para dividir o vaso em duas metades, cada uma com acabamentos diferentes.

aero 1

Como o tempo e o processo de execução e finalização de cada peça cerâmica é demasiado longo (devido a questões do ateliê/forno), optei por postar as fases em que as etapas vão acontecendo.

As peças que aparecem neste post foram produzidas há um ano. 

Porta-ostras em flor

Esta bela flor nada mais é do que um porta-ostras. Em cada pétada uma ostra poderá ser servida crua, com queijo “cheddar” ou molho branco, assada e gratinada no forno. No miolo da flor, um vinagrete para acompanhar, maionese ou qualquer molho.

porta-ostras

Como diz minha professora: aqui ficou lambuzado; aqui faltou esmalte; aqui tem esmalte demais; aqui faltou limpar melhor … sim, sim, sim. Concordo. Constatações pós-queima, quando a fusão dos minérios apenas ressalta as imperfeições.E aí não adianta chorar sobre o minério esmaltado.

Como é com os erros que se aprende, espero que as próximas queimas fiquem melhores.

“Bowls” tamanho médio

Depois dos “bowls” pequenos e “pit pots” minúsculos, chegou a hora de equipar minha cozinha com “bowls” médios. Aquele tipo que serve arroz branco, purê de batatas e macarrão para duas ou quatro pessoas.

Bowl 1

A técnica usada tem sido o acordelado. Quase um ano fazendo e montando cobrinhas sobre cobrinhas. Grudando, moldando e aparando excessos. A próxima técnica será o torno elétrico, e com ele, uma maior produção de “bowvs”. A meta para 2019.

bolw 2

Quando conheci as técnicas cerâmicas, achei exagerado o tempo de 1 ano para aprender cada técnica (acordelado, torno e figurativo ou artística). Agora, passado um ano, percebo que este tempo, é o mínimo necessário. A cada peça finalizada, a certeza de que a peça seguinte sairá melhor e mais perfeita que a anterior.

bolw 3

Ainda não consigo padronizar os tamanhos dos “bowls”. Cada um tem seu tamanho e formato. Pelo menos, consigo encaixá-los um dentro do outro. Estes foram pensados brunidos por fora e esmaltados por dentro. Brunir uma peça cerâmica é fechar totalmente seus poros antes da primeira queima.  Para brunir, é necessário que a peça esteja 100% finalizada. Utiliza-se o fundo de uma colher, ou um equipamento próprio, esfregando toda a superfície, que ficará brilhosa.

brunidoDepois, esfrega-se um plástico para dar o último acabamento antes de ir ao forno. O resultado final remete à aparência de pedra na parte brunida.

panela brunida

Nesta panela – finalizada e pronta para uso – a parte interna foi esmaltada com preto e a parte externa foi brunida.

Pit Pots Prontos

Enfim, meus primeiros pit pots … prontos para receberem patês, geléias, frutas secas, clips, botões e tudo mais que couber nestes potinhos feitos com restos de argila.

Pit pot 1

Da bola de barro ao pote cerâmico.

Pit pot 1A

Ficou perfeito? Não. Quando esmaltamos é recomendado colocar uma quantidade razoável de esmalte para que o resultado fique bom. O interior do pit pot até que ficou aceitável.

Pit Pot 2A

Mas as bordas … Por esquecimento, as bordas receberam apenas uma camada de esmalte, quando o correto seriam quatro camadas. E a cor, que deveria ficar igual ao fundo do pote, ficou apagada, cor de gato molhado. Já a base, mostra a fusão de restos de argila tom tabaco misturado com tom creme.

Mas é assim que, muitas vezes, se aprende: errando. Da próxima vez que for esmaltar, ficarei mais atenta e detalhista.

 

Entre a arte e as coisas da vida

Cá estou eu, mergulhando a nadando de braçada no lodo da política brasileira, subindo de vez em quando à tona pra respirar arte e serenidade. Porque de resto, a vida segue: família, trabalho, casa, amigos, faxina, jardim, agendamento de exposições, literatura, grupo de estudos … e minhas aulas de cerâmica.

Depois de tanto tempo, eis que trago pra casa minhas primeiras cerâmicas esmaltadas. Por recomendação da professora esmaltei apenas algumas das menores peças. Pra aprender. Pra registrar. Porque cerâmica é uma arte milenar e é preciso observar e anotar o resultado das experiências. E fui logo corrigida: não estou pintando cerâmicas. Estou esmaltando. Estou depositando minérios que se fundem em temperaturas de até 1300 ºC. Eis o resultado:

arte8Meio chinfrim minha primeira experiência … mas é assim com praticamente tudo na vida: começa pequeno e meio sem graça. Depois melhora.

A boa notícia é que me sinto cada vez mais integrada e familiarizada com o universo argilino (e pensar que tudo começou pelo amor à Psicologia e Arteterapia). E cada vez mais, minhas cerâmicas expressam meu estilo e ganham minha assinatura artística.

 

 

Hoje resolvi extrapolar na esmaltação e fazer todo tipo de experimentação. Misturei tudo com tudo em mais de vinte peças. O  resultado final, de roer até as unhas do pé, só daqui uns 15 dias.

 

 

Este contato com o barro tem me dado chão.

Tem me dado tempo.

Tem ampliado conceitos.

Tem me apresentado à pessoas muito bacanas.

E foi assim que conheci a “Maga das Velas”, a mundialmente famosa Maria Pessoa. Uma artista que já expôs velas em diversas galerias da Europa, fez matérias para várias revistas nacionais e internacionais, produziu velas para lojas de grife, enfim, me senti no Jardim de Infância das velas artesanais. Maria, minha colega de velas e cerâmicas me mostrou quanta coisa posso fazer com a parafina e também com a argila. Percebi o quanto é possível fazer quando nos permitimos pensar “fora da caixa” e dar asas à experimentação. Sem medo de ousar ou errar.

Mas ela e as velas serão tema de um próximo post. Em breve.

O tempo da cerâmica

Quando comecei a fazer o curso de cerâmica em agosto de 2017, pensei que fosse fácil e rápido concluir as peças e levá-las para casa. Imaginava meus trabalhos espalhados pela casa, embalados em presentes de Natal. Passados doze meses (corridos, e não exatamente trabalhos) ainda não trouxe nada pronto para casa. Com exceção de fotos.

Um ano.

Impaciente e acelerada do jeito que sou em algumas questões, tive de aprender a domar minhas urgências e aguardar o tempo que a cerâmica precisa para ser trabalhada e finalizada. Em torno de 1 a 2 meses para criar e dar acabamento (conforme o tamanho da peça), deixar secar para biscoitar (é a primeira queima), pintar/esmaltar e queimar uma segunda vez. O somatório dá muito tempo. Haja tolerância à frustração e perseverança. Estou contando os dias que faltam pra trazer a primeira remessa de trabalhos prontos.

Além do tempo do próprio ateliê – que deixa acumular uma quantidade razoável de peças para serem queimadas juntas – tem o meu tempo, ainda limitado às 3 horas semanais de aula, para fazer. É neste tempo que aprendo a teoria desta arte milenar, o uso de diferentes tipos de ferramentas, as diversas técnicas, e também, é onde faço e desfaço peças. Tem peça que quebra. Tem peça que fica feia e desmancho. Tem peça que dá muito trabalho.

É neste tempo que posso e pretendo interferir, organizando meu próprio atelier, comprando ferramentas e me exercitando em casa. O que já estou providenciando. Enquanto isso não acontece, o jeito é aguardar. E, ter paciência.

Ontem contei as peças que trabalhei neste ano e que estão na esteira de acabamento. Foram 20 Kg de argila trabalhada e 34 peças produzidas. Segundo as entendidas, um bom trabalho.

 

Preparando a esmaltação

Devagar, devagarinho estou chegando lá. As primeiras peças biscoitadas, foram lavadas e deixadas a secar ao sol. O objetivo é abrir os poros da argila e retirar qualquer resquício de poeira que comprometa o processo.

ceramica 3

Depois de secas, as peças foram guardadas em sacos plásticos limpos e recolocadas na prateleira. O próximo passo é a esmaltação.

ceramica 1

São pratos, bowls, descansa-colheres, luminárias, porta-incensos, potes …

ceramica 2

Além destas peças, outras estão indo ao forno para serem biscoitadas (é a queima a 900 graus). Depois da esmaltação, outra queima está agendada.