Retornando às aulas de cerâmica

Retorno às aulas é tudo igual. Não importa idade, não importa curso, nem série nem ano. Importa ir com material em ordem: comprado, arrumado ou lavado. Lancheira, caixa de ferramentas/apetrechos e uniformes seguem na mesma toada. Tudo a postos.

E lá vou eu.

Depois de 5 anos, decidi retomar minhas aulas com a ceramista Vânia Bueno. Apesar dos pesares, nestes anos todos, entre desistências e recomeços, entre aulas experimentais, cursos ocasionais, professoras indicadas e trabalhos autorais, meu retorno ao ateliê da ceramista era uma questão de voltar a fazer trabalhos com estilo e técnica. 

Combinamos de fazer aulas quinzenais, ou, duas aulas por mês. Começando com aulas de torno elétrico. Uma falha gritante na minha formação até este momento. E a primeira aula me remeteu à primeira de todas as aulas: uma sensação de total estranheza e uma certa insegurança quanto ao fazer cerâmico.

Lembro que saí daquela fatídica aula sem saber se retornaria. Possivelmente só retornei porque odeio deixar trabalhos inacabados. De pouco em pouco, a estranheza foi diminuindo e os resultados, aparecendo. É esta sensação que me dominou neste novo recomeço.

O que dizer do trabalho no torno elétrico?

Nada que um vídeo não esclareça com todas as letras, sons, atrapalhações e muuuuuuita sujeira. Se eu soubesse como postar.

Mas, como dizem, a prática leva à perfeição; estou contando com isso.

Tanto para o uso do torno, como para fazer e postar vídeos

“Bowls” tamanho médio

Depois dos “bowls” pequenos e “pit pots” minúsculos, chegou a hora de equipar minha cozinha com “bowls” médios. Aquele tipo que serve arroz branco, purê de batatas e macarrão para duas ou quatro pessoas.

Bowl 1

A técnica usada tem sido o acordelado. Quase um ano fazendo e montando cobrinhas sobre cobrinhas. Grudando, moldando e aparando excessos. A próxima técnica será o torno elétrico, e com ele, uma maior produção de “bowvs”. A meta para 2019.

bolw 2

Quando conheci as técnicas cerâmicas, achei exagerado o tempo de 1 ano para aprender cada técnica (acordelado, torno e figurativo ou artística). Agora, passado um ano, percebo que este tempo, é o mínimo necessário. A cada peça finalizada, a certeza de que a peça seguinte sairá melhor e mais perfeita que a anterior.

bolw 3

Ainda não consigo padronizar os tamanhos dos “bowls”. Cada um tem seu tamanho e formato. Pelo menos, consigo encaixá-los um dentro do outro. Estes foram pensados brunidos por fora e esmaltados por dentro. Brunir uma peça cerâmica é fechar totalmente seus poros antes da primeira queima.  Para brunir, é necessário que a peça esteja 100% finalizada. Utiliza-se o fundo de uma colher, ou um equipamento próprio, esfregando toda a superfície, que ficará brilhosa.

brunidoDepois, esfrega-se um plástico para dar o último acabamento antes de ir ao forno. O resultado final remete à aparência de pedra na parte brunida.

panela brunida

Nesta panela – finalizada e pronta para uso – a parte interna foi esmaltada com preto e a parte externa foi brunida.