Enfim, a Páscoa

Ano após ano, percebo o quanto me é difícil preparar a casa para a Páscoa. Sei que muitos mal sabem que existe decoração de Páscoa. Existe. E é tudo muito fofo e bonito. São ovos e coelhos de todos os tipos e tamanhos, materiais e opções. Mas, sempre, e em todo o tempo, nada comparável ao Natal. Enquanto tenho mais de 15 caixas de apetrechos natalinos, para a Páscoa tenho apenas 2 caixas. Alguns coelhos, ovos de avestruz, e se tiver sorte, um cheiroso e perfumado bouquet de chá de macela, colhido no mato e abençoado na manhã da sexta-feira santa. 

A Páscoa mexe com minhas emoções. 

Todo o calvário de Cristo – sempre encenado e lembrado no colégio franciscano em que estudei – tem cada vez mais significado e importância em minha vida. Se a história de fato aconteceu, não sei. O que cada vez mais sei é dos sacrifícios que pais e filhos, a humanidade inteira faz por conta de injustiças e incompreensões.