Um trabalho inacabável

Não lembro quando iniciei esta manta feita de círculos de crochê. No mínimo, 4 anos. Entra ano, sai ano, e lá vou eu futricar na dita cuja. Que anda a passos de tartaruga.

Dias atrás, finalizei todas as rodelas com a borda preta. Próximo passo é costurar uma a uma até que a manta/colcha seja finalizada. Ou seja, a parte de crochê está pronta. Acho. 

Se bem que, pensando bem, como vai ser, quando todas as rodelinhas estiverem costuradas? A borda vai ficar toda ondulada!! Vou arrematar com crochê ou com franjas?

Tictac tictac tictac …

Vou lá: tem muuuuuuita rodelinha pra costurar.

Onde eu estava com a cabeça quando iniciei esta manta tão trabalhosa? Delirando, no mínimo.

Continuo delirando, pensando possibilidades … manta? Xale? Colcha? Roupa pra árvore? Pq não? Me embrenhei neste pântano e preciso encontrar alguma saída que me satisfaça.

Quando estiver 100% pronto o que eu for decidir fazer com todo este material, vou postar por aqui.

A única recomendação garantida: espere sentado ou deitado. Pq vai demorar.

Um pouco mais de um ano depois

Coisas demais aconteceram neste período. Com exceção das fotos na galeria do telefone, postagens no Facebook e Tweeter (nada no Instagram) e uma ou outra anotação num diário, que nada de diário tem, retomar o blog tem a ver com resgatar este tempo, retomar a escrita e quem sabe, manter o by suzete.com  em dia. Afinal o último post data de 27/08/21: Retomando a cerâmica

Retomei mesmo e esgotei toda argila que tinha em casa. Basicamente, preparei utilitários de cozinha: pitpots, vasilhas e acessórios escultóricos (que viraram um abajur). Foi uma das metas de 2021, que ainda se mantem: Consumir todo material do ateliê. O mesmo aconteceu com os fios de crochê. Tudo virou “souplat” e se transformou na coqueluche do Natal passado. Todo mundo ganhou. Espero que tenham gostado. Do material de crochê só sobraram os cones de  fios de malha. Todos devidamente encaixotados. Ainda não sei se vou doar ou crochetar o material. O trabalho é mais hard do que imaginei. Minha moída mão direita que o diga. 

Outra meta remanescente de 21 é reorganizar e limpar a casa após 3 anos de construções de casas e prédios  no meu entorno. Só não finalizei por questões alheias à minha vontade:

Infartei em 25 de janeiro de 2022. Fiquei de resguardo. A empregada deu nó. Peguei Covid-19 como presente de aniversário e minhas rotinas sofreram alguns ajustes. Além de 9 comprimidos, a caminhada tem sido diária. Aos poucos o fôlego está voltando, apesar da pressão abaixo do aceitável. O processo de revisão dos medicamentos deve começar em breve. Minha postura tem sido de otimismo. Nada de vitimismo. Porque, como, quando, pq eu, já está digerido. A lição que ficou é: aproveite a vida, seja bom e generoso, faça o que e quando puder e siga em frente.

Mantenho as viagens mensais ao RS e a reforma do jardim da casa da minha mãe. Adoro. A grande viagem pós-pandemia foi Bariloche/Mendoza, na Argentina, no início do inverno, e foi simplesmente, sensacional. 

Um grande marco deste 2022 foi a transformação do depósito em ateliê. Ficou perfeito. Do topo foi ao subsolo da casa, onde é mais fresquinho e a claridade controlada. Juntei todos os materiais, pintei paredes e repaginei móveis. Neste momento, a mesa centralizada está tomada por conchas, bolas de isopor e cola quente. O Natal começou a ser gestado. Serão vinte bolas novas, revestidas com conchas, pra enfeitar a árvore de Natal. Afinal, este ano, após sete anos, Fernanda e Antônio, estarão conosco.

A grande tragédia do ano foi a perda da minha melhor amiga, minha quase irmã Liane. Ainda  choro quando lembro que ela não está mais aqui.  Que não faremos mais nossas visitas por telefone, nem agendaremos e reagendaremos  mais uma vez nossos famosos cafés na Padaria Suíça, no RS. Com a pandemia e seu zelo extremo, praticamente não nos vimos neste período. Morreu em 07 de agosto, com AVC hemorrágico. Assim, do nada. Feito eu infartando. Do nada. 

2022 foi marcado por várias homenagens à minha mãe: cidadã colinense, o jardim mais bonito de Colinas e uma bela homenagem da Comunidade Católica de Colinas, por serviços prestados.

Já vislumbro o final do ano. Novos exames médicos me aguardam. Uma nova empregada – Jucele –  começa a ser preparada. A academia no subsolo precisa ser concluída. As conchas 100% utilizadas. 

Hoje encomendei novas telas. Cinco telas de tamanhos variados. Pra casa, pro ateliê, pra Fernanda. Tem ainda o jardim aqui de casa. Vasos pra pintar. Costelas de Adão pra plantar. 

A vida segue.

Sobre o crochê e o tricô

Poderia culpar a COVID19 por não estar fazendo muito crochê. Ou tricô. Não, não é por conta do corona vírus. Já era decisão tomada não dar continuidade ao curso de crochê em 2020. Continuo fazendo meus souplats de presente e retomando a manta de doação do ano apenas como passatempo para minhas mãos inquietas. Imagino que as aulas não estejam acontecendo, já que o grupo de whatsapp está quieto. Outros projetos tem me desafiado e ocupado mais. Outros começam a despontar para breve. Importante é saber a hora de começar e também, a hora de terminar.  Fazer só por fazer ou para estar no grupo, para mim, não é a melhor opção. Consigo levar adiante o que me estimula e me apaixona.

Dica importante para a cadeira e a espreguiçadeira é fixar a capa de tricô sobre a lona pré-existente. Se usar só o tricô, ele certamente irá ceder e impossibilitar o uso dos móveis.

 

 

 

Registros

Muita coisa aconteceu nestes 6 meses out bysuzete.

Em tempos de selfies e fotos de celular, uma série de instantâneos retratam bem o que foi o agito destes meses: passeios, exposição, lançamento de antologias, aniversários, o atelier de uma grande artista, o felino Aipin, a retomada da cerâmica, do crochê e do tricot. Uma santa terapia. Sem contar a restauração de móveis e utensílios desgastados. O outono, o inverno, a primavera e o verão; as quatro estações distribuídas em 6 meses  mega produtivos e cansativos. E tem mais, muito mais.

Como eu poderia deixar de registrar tudo isso?

 

Souplat de crochê

Minha amiga Isa disse que fez mais de 200. Por isso me deu a receita do modelo. Ela já sabe de cor. Imagino. Estou no sexto souplat e também – quase – já sei de cor.

Fácil e rápido de fazer, o modelo fica uma graça para servir a mesa no maior capricho. De repente me animo e faço como Isa. Um montão de souplats pra dar de presente e vestir a mesa de todas as cores. A ideia me agrada.

 

A receita é fácil de seguir e a maior dica que posso dar é: comece com 7 correntinhas e fique atenta aos pontos baixos e baixíssimos. São eles que definem o acabamento perfeito.

 

Crochetaria

Não sei exatamente quando aprendi a fazer crochê. Era menina ainda. A mãe de uma amiga ensinou e nós duas fizemos quilômetros de correntinhas. Pra fazer, enrolar e depois, desenrolar e desmanchar. Vieram outras professoras, amigas, cunhadas, colegas. Cada uma ensinando um ponto aqui, um arremate ali. Sempre fugi dos esquemas, receitas e revistas com pontos endiabrados. O básico do crochê sempre me satisfez.

Anos atrás, fiz minha primeira manta de crochê de lã. Depois dela, vieram outras oito. Todas doadas.

2018 12Em 2018 resolvi inovar. Andava às voltas com mandalas e círculos. E assim, fui fazendo círculos de crochê enquanto assistia à filmes e séries dubladas da Netflix.  Quando chegou a hora de emendar um círculo no outro, achei que precisava de ajuda. Era hora de fazer aula com quem entendia do assunto.

Além da manta de mandalas e círculos, que segue no paralelo, o que tem agitado meus dias é a novidade do fio de malha e todas as suas possibilidades. Pra quem não sabe, o fio de malha, também conhecido como trapilho, é produzido a partir da reciclagem de retalhos de malha que sobram da indústria têxtil.

E o crochê do fio de malha nada tem a ver com o crochê da vovó. Moderno, funcional, rápido e fácil de fazer, ele vai bem em praticamente toda casa e no vestuário também. A lista do que e pra quem fazer está cada dia maior.

O primeiro mutirão vão ser os puffs. Muuuuuuitos puffs.

Pra começar comprei fios e agulhas. Bases e espuma também. É hora de começar a crochetar e experimentar.

O resultado da crochetaria vou postando aos poucos. Com passo a passo, dicas, fotos, etcetcetc e tudo mais.

Uma meta audaciosa? Tbém depende de vc.

manta de croche

Ano passado fez um frio de “tirar o pica pau do oco” como dizem na minha terra. Este ano, com o verão digno do inferno, fiquei na dúvida: é o verão ou o inverno que sinalizam a intensidade da próxima estação? Por via das dúvidas, estou arregaçando as mangas. Como as temperaturas estão ficando mais amenas, neste finalzinho de verão, estou colocando em prática uma meta que me propus ano passado, enquanto estava acamada e de repouso. Muitos tem pouco com que se agasalhar, passam frio – outros, até morrem – e achei que poderia fazer mantas de todos os tamanhos e funções e levar a asilos e locais indicados pelas prefeituras. Pensei que mais pessoas poderiam ou gostariam de ajudar. Ainda dá tempo. O que você acha, vamos participar?

manta Fer

Este é o modelito que faço todos os anos. É simples, fácil e bem baratinho. Basta usar sobras de qualquer tipo de lã (quanto mais variado melhor) ou comprar novelos (em promoção tipo CLUB, Família, etcetcetc) e ir crochetando um grande quadrado ou retângulo. Uso normalmente 2 a 2,5 Kg de lã por manta.  Pra quem quiser, posso passar meu jeito de fazer.

Então, vamos arregaçar as mangas?