Sigmund Freud (1937) já dizia que educar, ao lado de governar e psicanalisar, era uma profissão impossível. Mesmo assim, ainda hoje, de um jeito ou de outro, acreditamos que podemos educar, governar e psicanalisar.
Vista através de um caleidoscópio, a arte de educar exige que nos posicionemos em pontos distintos para ver sob diferentes prismas o espaço que ocupamos e habitamos: um mundo mutante, onde a violência, os limites, a liquidez dos relacionamentos e sociedade são pontuais e cruciais; onde a estrutura familiar, a infância e a juventude cambaleiam em busca de rumo; onde os valores, princípios e crenças vivem uma crise sem precedentes, bombardeados diuturnamente por informações, conceitos e bizarrices. Nestes tempos líquidos precisamos de um porto onde ancorar nosso mal-estar e nossas inquietações.
Criar um espaço de escuta e troca dentro da escola, pode parecer pouco e fadado ao fracasso. Mas, é dentro da escola que percebemos os três lados do caleidoscópio formarem as mais diversas, estranhas e interessantes imagens. Quando professores, pais e alunos convergem em busca de soluções e respostas, o resultado aparece: relações mais harmoniosas, resultados promissores, conhecimento, diálogo, respeito, satisfação e bem-estar.
Vamos acreditar juntos?