Às vésperas de viajar ao RS, entre os preparativos da viagem e a bagunça do meu produtivo ateliê, me deparo com o livro “As cartas do Caminho Sagrado” de Jamie Sams. Gosto de brincar com as cartas que acompanham o livro, em busca de orientação, pausa e estímulo. Embaralhei as cartas, abri em leque, virei-as de ponta cabeça, passei as mãos por sobre e abaixo delas – transmitindo minha energia pessoal e corporal – e retirei, ao acaso, uma carta. A carta do dia foi a de número 5, Povo-em-Pé. O que ela me disse, ou, como entendi:
“A carta do Povo-em-Pé nos fala de raízes e de doação. Devemos nos reabastecer sempre, através de nossa ligação com a Terra, para podermos doar livremente, sem nos exaurirmos. A raiz do Ser está ali onde está a força. Esta raiz deve estar plantada firmemente no solo de nossa Mãe Planeta. Sem esta conexão os sonhos não poderão se manifestar, e os nossos atos de doação não poderão ser recompensados pela Mãe Terra. Caso vc esteja “viajando”pelo espaço afora, pare um pouco e reconecte-se com aTerra. Silencie-se e torne-se Uno com as árvores para poder observar melhor tudo aquilo que está crescendo neste momento em sua floresta interna. As raízes de todas as respostas para a vida física podem ser descobertas aqui mesmo na Terra. Estude a sua árvore genealógica e busque a força oferecida pelos seus Ancestrais. Ao erguer bem alto os seus galhos, buscando a luz do Avô Sol, verá como as suas raízes continuam a prendê-lo na Terra. Assim, será construída uma ponte equilibrada para o Mundo dos Céus.
O Povo-em-Pé lhe pede que vc se doe mais. Pergunte a si mesmo se está realmente disposto a dar e receber. Observe a raiz de cada bênção com profunda gratidão.Perceba qualquer bloqueio que esteja prejudicando o seu processo de enraizamento ou a sua capacidade de mergulhar mais fundo nas coisas. A seguir, remova esta sensação limitadora e passe a mergulhar mais fundo até obter as respostas que procura. Lembre-se de que nós também somos a raiz do futuro e de que é através das nossas vidas que as futuras gerações serão alimentadas. Afaste-se de tudo aquilo que possa inibir seu crescimento. Deste modo vc poderá erguer a cabeça, orgulhoso, toda vez que estiver no meio de seus parentes Árvores.”(pg 87/88)
Voltar ao RS é voltar pra casa. É me reabastecer e recuperar minha energia. É me reconectar a quem realmente sou. Entre as montanhas e o rio, entre amigos e conhecidos, entre o passado e o presente, visualizo o futuro. É lá que estão minhas raízes e os galhos que precisam e querem se expandir.
Preciso, urgentemente, trabalhar nisso.